POLÍTICA
Gilberto Carneiro deve voltar ao cargo no Ministério Público da PB em julho
Ex-procurador pediu licença logo após exoneração do cargo no governo do estado.
Publicado em 07/06/2019 às 7:00 | Atualizado em 07/06/2019 às 17:18
Longe dos holofotes da mídia desde que teve a residência alvo de buscas em mais uma fase da 'Operação Calvário', o ex-procurador do estado, Gilberto Carneiro da Gama, deve retornar às suas funções no Ministério Público da Paraíba no próximo dia 1º de julho. Carneiro é servidor concursado do quadro efetivo do MPPB desde 1991, inicialmente como agente de promotoria, sendo depois promovido como técnico ministerial, e está afastado do órgão desde 2011 quando assumiu seu primeiro cargo no governo socialista.
Segundo informações do Departamento de Recursos Humanos do MPPB, Carneiro solicitou gozo de 60 dias de licença em caráter especial para serem usufruídos no período de 02 de maio a 30 de junho, "nos termos do que dispõe o artigo 104, § 2º, da Lei n. 10.432/2015 (PCCR) c/c o artigo 4º do Ato PGJ n. 026/2018".
Gilberto Carneiro pediu exoneração do cargo de Procurador do Estado no último dia 30 de abril, mesmo dia em que foi deflagrada uma nova etapa da Operação Calvário, que resultou na prisão da chefe de gabinete. A casa e o gabinete do ex-procurador também foi alvo de mandados de busca e apreensão. O procedimento investigatório de que é alvo, que tramitava no Tribunal de Justiça da Paraíba passou a tramitar na 5ª Vara Criminal da Comarca da Capital a pedido de Gilberto Carneiro, após seu pedido de exoneração do cargo de procurador.
Gilberto Carneiro ocupa cargo em governo do PSB desde que o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) era prefeito de João Pessoa e era considerado um dos pilares da gestão socialista. Gilberto Carneiro foi procurador-geral do do Município de João Pessoa, quando Ricardo era prefeito, e, assim como no governo do Estado, ocupou vários cargos na gestão.
Calvário
A Operação Calvário apura supostas irregularidades na execução de contratos do governo do Estado com a organização social Cruz Vermelha Brasileira. Entre 2011 e 2018, a entidade geriu recursos da ordem de R$ 1,1 bilhão. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, alega que houve fraudes em licitações, desvios de recursos e pagamentos a autoridades.
A Cruz Vermelha Brasileira, junto com o Instituto de Psicologia Clínica Educacional e Profissional (IPCEP), administram o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena e os hospitais Regional de Mamanguape e Metropolitano Dom José Maria Pires, localizado em Santa Rita.
A reportagem do Jornal da Paraíba tentou localizar o ex-procurador, mas não obteve retorno.
Comentários