VIDA URBANA
Nova rebelião em Guarabira
Presos estariam insatisfeitos com cortes de regalias e queriam retornar para suas comarcas de origem, diz secretário.
Publicado em 29/01/2013 às 6:00
Ontem, poucos horas após a rebelião no Presídio do Róger, em João Pessoa, um segundo tumulto foi registrado no interior de uma unidade prisional da Paraíba. O caso aconteceu na Penitenciária Regional João Bosco Carneiro, em Guarabira, e deixou o saldo de três presos feridos. No local, 300 pessoas cumprem pena em regime fechado.
A rebelião em Guarabira teria começado por volta das 17h30, quando os apenados começaram a queimar colchões e destruir as paredes da unidade prisional. Equipes do Choque, Corpo de Bombeiros e Samu foram acionadas. Segundo o secretário de Administração Penitenciária do Estado, Walber Virgulino, a rebelião foi controlada .
O secretário ainda confirmou que para tentar conter os ânimos de apenados equipes de policiais do Choque do 4º Batalhão de Polícia Militar de Guarabira foram acionados. Eles cercaram a unidade prisional e entraram na penitenciária. Ele ainda informou que os presos que apresentavam ferimentos receberam atendimento médico e três foram socorridos para o hospital da cidade.
No início da noite, surgiu a informação de que alguns presos teriam sido feito reféns e ficado amarrados com cordas, sob ameaça de terem os corpos queimados pelos 'colegas', contudo, o secretário de Administração Penitenciária negou a informação. “Ninguém foi feito refém ou amarrado” declarou.
Acrescentando que, “todos os presos feridos apresentavam apenas escoriações”, assegurou.
Ainda segundo o secretário Walber Virgulino, a rebelião teria sido motivada porque os presos estariam insatisfeitos com os cortes de algumas regalias e por que queriam voltar para as comarcas de origem. Ele descartou a possibilidade de ligação com a rebelião no Róger. “Em Guarabira não há facções dentro do presídio. O motivo da rebelião é outro, não tem relação com o que aconteceu no Róger”, concluir. Até o fechamento desta edição os nomes dos detentos feridos não tinham sido liberados. Em outubro do ano passado, a penitenciária também foi alvo de uma rebelião onde houve fuga em massa de presos.
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