CULTURA
Hospital é cenário das disputas em ‘Amor à Vida’
Construção ocupa um espaço de 6 mil m² na área das cidades cenográficas do Projac, onde as tramas da emissora são gravadas.
Publicado em 19/05/2013 às 8:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 17:08
Se na série ‘Downton Abbey’, a aristocrática família Crawley emprestou parte de seu castelo para atender os feridos 1.ª Guerra Mundial, o Tufão de ‘Avenida Brasil’, não tão abastado quanto os personagens britânicos, perdeu sua mansão para dar lugar a um hospital onde a história de ‘Amor à Vida’, próxima novela das nove da Globo, que estreia amanhã, vai se desenrolar.
A construção ocupa um espaço de 6 mil m² na área das cidades cenográficas do Projac, onde as tramas da emissora são gravadas. O planejamento demorou três meses e a obra, pronta há cerca de duas semanas, levou 40 dias para ser concluída. “A gente nunca havia feito algo em tamanho real. Mas, como 50% das cenas são aqui, investimos nesse hospital. A ideia é que não pareça um cenário, assim fica menos artificial”, explica Mario Monteiro, diretor de arte da Globo, sem revelar quanto custou o projeto.
Na história, o casal César Khoury (Antonio Fagundes) e Pilar (Suzana Vieira) são os donos da casa de saúde, batizada de San Magno, que será alvo de disputa dos filhos, o vilão Félix (Mateus Solano), e Paloma (Paolla Oliveira). Apesar de parecer real e ter sistema de iluminação próprio e ar-condicionado por dentro, o hospital foi feito com materiais leves. “É tudo de madeira. As colunas (de sustentação) são de PVC, desses que você compra para fazer encanamento”, contou Monteiro à reportagem, enquanto caminhava pelo cenário.
Com espaço apenas no térreo, o prédio terá uma torre de quinze andares criada por computação gráfica. Mesmo com altura suficiente para que o equipamento de iluminação seja instalado, a ideia é aproveitar a luz do local, onde parte das paredes é de vidro. “As câmeras de alta definição são muito sensíveis à luz, quase não usamos refletores”, detalha Monteiro, responsável por cenários como a discoteca de ‘Dancin’ Days’ (1978), que contou com a ajuda do cenógrafo Maurício Rohlfs, que usou lâmpadas de LED. “Elas gastam 50% menos energia.”
O San Magno segue o conceito de hospitais contemporâneos e, além de lanchonete, tem livraria - onde, na vitrine, está em destaque ‘Juntos para Sempre’, novo livro de Walcyr Carrasco, autor da novela - e loja de presentes. Há ainda um restaurante dos médicos, cenário em que acontecerão intrigas entre os personagens. Como a obra terminou perto da estreia, as cenas ambientadas na casa de saúde começaram a ser rodadas no estúdio de 1 mil m² em que sequências de outros núcleos da trama são gravados.
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