ECONOMIA
Material escolar deve subir na próxima semana
Material será reajustado a partir do próximo dia 15 de janeiro e pais devem se apressar para comprar seguindo a tabela de preços de 2012.
Publicado em 09/01/2013 às 6:00
Os pais que querem economizar no material escolar têm apenas esta semana para comprar com a tabela de preços de 2012. A partir do dia 15 deste mês, algumas livrarias de João Pessoa já anunciaram que nova tabela deve ser praticada.
Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), conduzida pelo economista André Braz, os valores de itens básicos da lista escolar como livros e cadernos deverão apresentar uma alta acentuada ainda neste mês, apesar dessa elevação ter sido menor que a inflação no ano passado.
“No início de 2012, esse aumento dos preços foi de 5,3%, enquanto a inflação variou em 5,74%. É difícil definir ainda a taxa de crescimento que devemos constatar neste mês, mas certamente ela será significativa, uma vez que a demanda aumenta muito em janeiro por ser um período que antecede as aulas”, destacou André.
Sobre o assunto, o economista orienta que algumas atitudes simples podem ajudar o consumidor a fugir dos efeitos dessa alta.
“Se um grupo de pais conseguir se reunir para comprar junto eles devem conseguir um abatimento. Além disso, algumas escolas vendem os itens por preços melhores, já que elas compram em grandes quantidades, e muitas lojas oferecem desconto em um produto ou outro. O pai pode optar por comprar em estabelecimentos diferentes, de acordo com o preço”, orientou, lembrando ainda da internet como alternativa.
Segundo ele, os preços são mais em conta e, além disso, é possível usar o cartão de crédito e, comprando com antecedência, dá tempo de receber antes das aulas começarem”, explicou o economista da Getúlio Vargas.
O especialista alerta também para a importância de não deixar as compras para a última hora, pois no final do mês muitos dos itens podem não estar mais disponíveis no mercado e a opção fica escassa.
“A melhor estratégia nem seria comprar no começo de janeiro, mas sim ao longo do ano anterior. Ninguém é pego de surpresa pelos gastos com material escolar, então o ideal é que a pessoa guarde sempre uma quantia mês a mês para arcar com essas despesas, podendo até já ir comprando para evitar a correria dessa época”, destacou.
O também economista Cláudio Rocha ressalta ainda que, ao deixar as compras para o final de janeiro, o consumidor tende a aceitar qualquer preço. “Uma boa saída é reservar uma parte do 13° para os gastos de início do ano. Outros dois caminhos bons seriam comprar livros de segunda mão que estejam em bom estado, seja de terceiros ou em sebos, ou ir ao comércio sem levar os filhos, pois eles sempre insistem em pedir itens de personagens de desenhos ou de celebridades, o que sai mais caro”, afirmou Cláudio, apontando ainda o cartão de crédito como uma opção para quem não tem o dinheiro de imediato, “mas é preciso observar que ele não dá direito a descontos”, disse.
“É sempre bom evitar itens da moda. Para agradar o filho, o consumidor pode até comprar um caderno simples e customizá-lo, com gravuras e fotos”, recomendou André Braz.
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