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VIDA URBANA

Indenizações Dpvat por morte aumentam 7% em dez anos na Paraíba

Entre 2009 e 2019 foram pagas 9.497 indenizações do Seguro, segundo relatório.

Publicado em 25/09/2019 às 17:13 | Atualizado em 26/09/2019 às 11:29


                                        
                                            Indenizações Dpvat por morte aumentam 7% em dez anos na Paraíba

				
					Indenizações Dpvat por morte aumentam 7% em dez anos na Paraíba

As mortes no trânsito geraram o pagamento de 9.497 indenizações de Seguro Dpvat em dez anos na Paraíba. Apenas no ano passado foram 930 indenizações por morte, uma diferença de 7% em relação a 2009, primeiro ano do estudo. Os dados fazem parte do Relatório Especial – 10 anos – Taxa de Mortalidade no Trânsito, divulgado nesta quarta-feira (25) pela Seguradora Líder, em alusão ao Dia Nacional do Trânsito.

O levantamento apresenta os pagamentos do Seguro Dpvat por morte para cada 100 mil habitantes, entre 2009 e 2018. Segundo o estudo, por categoria de veículos, os acidentes com motocicletas representam a maior causa de pagamento do Dpvat por morte no trânsito, na Paraíba. Entre 2009 e 2018 o número praticamente dobrou, subindo de 393 para 652.

Já as indenizações pagas por os acidentes com morte em automóveis caíram no período: 379 (2009) para 210 (2018). Seguro Dpvat decorrente de mortes em caminhões e pick-ups também reduziram de 78 (2009) para 41 (2018).

Em relação ao tipo de vítima, o perfil aumentou para  mais motoristas do que pedestre no período investigado. Em 2009, 44,4% eram pedestre, 33,5% motorista e 22,1% pedestres. Já em 2018, a maioria passou a ser de motoristas (61,2%) e os pedestres passaram a representar 25,5% e 13,3% pedestres.

Quanto a faixa etária também houve mudança no perfil. Em 2019 a maioria era com idades entre 25 a 34 anos. Já em 2018, a faixa etária subiu de 45 a 64 anos.

Dados nacionais

No ano passado, Tocantins (38), Piauí (34), Mato Grosso (33) e Rondônia (29) foram os estados que registraram as maiores taxas de mortalidade no trânsito. Já em 2009, as primeiras posições eram ocupadas por Acre (279), Mato Grosso, Santa Catarina e Paraná (41).

Ainda segundo os dados, os principais atingidos pelos casos fatais são motoristas. Em 2018, eles somaram mais de 21 mil (ou 55%) indenizações por morte. O sexo masculino também predomina, somando 82% dos pagamentos destinados à cobertura no ano passado. Quando analisada a faixa etária, os jovens de 18 a 34 anos foram os que mais morreram, com 39% (15.045) dos sinistros pagos por morte pelo Seguro DPVAT no último ano. A maioria dos acidentes ocorreu no horário do anoitecer (17h às 19h59h).

Situação alarmante

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o quinto país com mais vítimas fatais no deslocamento de automotores. Em 2018, o país atingiu a média de 18 indenizações pagas por morte, pelo Seguro DPVAT, a cada 100 mil habitantes. Como comparação, a taxa de mortalidade por crimes violentos, como homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte, foi de 24,75.

As estatísticas indicam, portanto, que milhares de pessoas ainda perdem a vida no trânsito: nos últimos dez anos, foram pagas mais de 485 mil indenizações do seguro obrigatório por este tipo de ocorrência, sendo as motocicletas as principais responsáveis. De 2009 para 2018, o veículo foi o único a apresentar aumento de sinistros pagos por morte, saltando de 16.974 para 18.955 benefícios.

O superintendente de Operações da Seguradora Líder, Arthur Froes, explica que os números do Seguro DPVAT reforçam a importância de mobilizações como o Dia Nacional do Trânsito para mudar a realidade da violência nas ruas e estradas brasileiras.

"Apesar da redução nas estatísticas de indenizações pagas por morte pelo Seguro DPVAT nos últimos dez anos, este documento mostra a grave realidade do trânsito brasileiro, que é reforçada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dados de 2018 da instituição mostram que o Brasil é o quinto país com mais vítimas fatais durante o tráfego de veículo. Além disso, a cada 24 segundos, uma pessoa morre no trânsito. Desta forma, torna-se fundamental o constante investimento em prevenção, educação e conscientização da população sobre a importância de um trânsito seguro", esclarece Arthur Froes.

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Angélica Nunes

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