POLÍTICA
Márcia Lucena reassume comando da prefeitura de Conde após deixar a prisão
Prefeita do município foi uma das presas na Operação Juízo Final.
Publicado em 23/12/2019 às 14:47 | Atualizado em 23/12/2019 às 17:22
Dois dias após deixar a Penitenciária Feminina Maria Júlia Maranhão, em João Pessoa, a prefeita de Conde, Márcia Lucena (PSB), reassumiu o comanda da gestão. Nesta segunda-feira (23), após entrevista a uma rádio local, a socialista, que foi presa durante a sétima fase da Operação Calvário, denominada Juízo Final, fez uma reunião com secretários.
Márcia Lucena conseguiu a liberdade no rastro do habeas corpus concedido pelo ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que mandou soltar o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB). Além deles também tiveram pedidos de habeas corpus deferidos os investigados David Clemente Correia, Cláudia Veras e Francisco das Chagas Pereira.
No período em que esteve presa, a gestão do município foi conduzida pelo presidente da Câmara Municipal de Conde, Carlos André de Oliveira, conhecido como Manga Rosa (MDB), já que a cidade está sem vice-prefeito desde setembro, após a renúncia de Temístocles de Almeida Ribeiro Filho.
Segundo a assessoria da prefeita, a posse foi imediata, sem solenidades, pois a própria ata de posse de Manga Rosa no cargo de prefeito, interinamente, já dispunha que ele se mantém interino enquanto o decreto prisional se mantivesse.
A operação
A ação desencadeada nesta terça-feira (17) teve o objetivo, de acordo com a Polícia Federal, de combater uma organização criminosa atuante em desvio de recursos públicos destinados aos serviços de saúde no Estado da Paraíba, por meio de fraudes em procedimentos licitatórios e em concurso público, corrupção e financiamento de campanhas de agentes políticos, bem como superfaturamento em equipamentos, serviços e medicamentos.
A operação, realizada em conjunto com o o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado GAECO/PB, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União – CGU, apura desvio de recursos públicos na ordem de R$ 134,2 milhões, dos quais mais de R$ 120 milhões teriam sido destinados a agentes políticos e às campanhas eleitorais de 2010, 2014 e 2018.
Comentários