Aumento do número de vereadores na CMJP é retirado de pauta e vai ser discutido apenas em 2020

A discussão relacionada ao aumento de 27 para 29 vagas na Câmara Municipal de João Pessoa ficará para uma nova sessão. No último encontro dos parlamentares em 2019, o tema foi retirado de pauta e como ficará para ser votado apenas em 2020, as eleições do próximo ano seguirão da mesma forma. Havia uma expectativa por parte de alguns vereadores e nomes que já se lançam pré-candidatos, exatamente pelo crescimento das possibilidades de chances de entrar na Casa de Napoleão Laureano.

Na pauta da sessão desta segunda-feira (30), apenas quatro pontos foram elencados para discussão. O aumento também ficou para este último encontro, exatamente por não ter sido votado na semana passada. Segundo o vereador Lucas de Brito (PV), por ser um encontro extraordinário, nenhum outro tema poderia ser acrescentado para debate.

Caso fosse aprovado o aumento na quantidade de parlamentares, a Câmara de João Pessoa teria dificuldades para se manter no próximo ano, já que não existe acréscimo no orçamento de  R$ 58,6 milhões previstos para custear o Legislativo. O dinheiro atualmente serve para pagar os R$ 15 mil de salários de cada um dos 27 vereadores, além de verbas de gabinete. Novos gabinetes também precisariam ser construídos.

Essencialmente neste ponto, o presidente João Corujinha (DC) é contrário. Segundo ele, precisaria ser feito um novo planejamento, mas ao mesmo tempo, garante que esse aumento prejudicaria a Câmara Municipal.

A maioria dos vereadores apoia a ampliação. Na defesa do projeto, os parlamentares alegam que aumentará o poder de representatividade da Casa. Sandra Marrocos (PSB), Bruno Farias (PPS) e Thiago Lucena (PMN) já haviam se manifestado na sessão passada, adiantando que são contrários a ampliação do número de vagas.

Um outro projeto polêmico que também ficou de fora da pauta foi o que aumentaria o salário dos vereadores da capital. A remuneração subiria de de R$ 15 mil para R$ 18.991.50. Já o presidente passaria a receber subsídio de R$ 19.500,00 para R$ 28.487,25. O impacto na folha seria de R$ 490 mil, por mês.