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VIDA URBANA

Conheça o trabalho dos técnicos que medem as chuvas na Paraíba

Aos 70 anos, com 40 dedicados a esta missão, Aguinaldo Medeiros conta detalhes da profissão.

Publicado em 26/01/2020 às 11:47 | Atualizado em 08/05/2024 às 11:31


                                        
                                            Conheça o trabalho dos técnicos que medem as chuvas na Paraíba
Foto: José Nunes/Empaer

Logo cedinho, a missão deles é coletar a quantidade de água captada pelos pluviômetros espalhados pelo Estado, reunir estes dados e continuar gerando esperança para a população que vive esperando pela chuva. Espalhados por todas as regiões da Paraíba, os técnicos da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer) são os responsáveis por este trabalho que precisa de concentração, atenção e acima de tudo, muito amor.

Após a coleta dos índices referentes a quantidade de chuva que caiu no solo paraibano, eles são compilados e encaminhados à Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), que é responsável pela divulgação e monitoramento dos mananciais do Estado.

Um dos responsáveis por este trabalho é Aguinaldo Marques de Medeiros. Aos 70 anos de idade, com 40 destes dedicados a missão de coletar os índices de chuvas e assessorar o pequeno produtor no cultivo da agricultura familiar, o técnico da Empaer conta com orgulho, como desenvolve as suas atividades no dia a dia.

“Coletar a quantidade de chuva é só uma das nossas atividades. Trabalhamos muito no contato diário com o pequeno produtor rural, auxiliando cada um na melhor forma de manejar o plantio, com técnicas e recursos que repassamos para eles”, disse.

De acordo com Aguinaldo, na região de João Pessoa, os técnicos monitoram as chuvas através de 11 pluviômetros espalhados por cidades do Litoral e Brejo. Pela sua experiência, ele contou que Alhandra, no Litoral Sul da Paraíba, é a “campeã de chuvas” e explicou que, por outro lado, Mari e Sapé sofrem com a escassez de água.

“Mari e Sapé ficam em uma zona geográfica de transição, por isso não recebem a quantidade de chuvas que precisam e até merecem, já que lá existem muitos produtores rurais. Alhandra, nós costumamos falar que é a campeã de chuvas da região e os dados mostram isso. Por ficar mais próxima do litoral, não só da Paraíba, mas também de Pernambuco, acaba sendo beneficiada”, falou Aguinaldo.

‘Mês seco’

Nos índices pluviométricos coletados pelos técnicos da Empaer, o mês de janeiro não foi bom de chuvas. Na área coberta por Aguinaldo e outros profissionais, algumas cidades ficaram com os pluviômetros zerados.

“Em quase todas as 11 cidades que nós acompanhamos através do escritório de João Pessoa, foi seca geral neste mês de janeiro. Aos poucos está melhorando. Em Campina Grande, por exemplo caiu uma chuva muito forte, assim como nas cidades da região e eu acredito que logo logo também chegará aqui [em João Pessoa]. Sapé e Mari, por exemplo, foi zero de chuva”, explicou.

A responsabilidade no trabalho

Quatro décadas depois de várias histórias vividas de perto, Aguinaldo foi questionado sobre a importância do seu trabalho para a sociedade.

“Para a sociedade em geral, confesso que eu não sei. Mas, para o pequeno produtor rural, o nosso trabalho é de uma importância extrema e de muita responsabilidade. Precisamos ter muito cuidado, pois a medição que fazemos da chuva, é o que garante a fidelidade do seguro safra. Se repassarmos algum dado errado, com certeza vai prejudicá-los no pagamento ou no recebimento do seguro referente ao que eles produzem”, contou.

A Empaer

Criada no início da gestão do governador João Azevêdo (sem partido), a Empaer é fruto de uma fusão entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater), com o Instituto de Terras e Planejamento Agrícola do Estado da Paraíba (Interpa) e com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emepa).

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