Hospitais de JP estão obrigados a notificar casos de suspeita de KPC

Da Redação
Com informações do Jornal da Paraíba

Em entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira (4), a Secretaria Estadual da Saúde (SES) anunciou uma série de medidas do Governo para controlar e combater a incidência da superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) entre a população paraibana. A informação foi divulgada pelo coordenador estadual de Controle de Infecção em Serviços em Saúde e médico infectologista, Francisco de Assis.

A primeira medida é que os 27 hospitais públicos e privados da Capital vão ser obrigados a notificar a Secretaria sobre qualquer suspeita ou confirmação de pacientes com KPC. As unidades poderão sofrer advertências ou até ter que pagar multas caso não cumpram a determinação. Essa obrigatoriedade ainda deve ser estendida a todo o Estado.

Essas notificações serão repassadas à população por meio de relatórios enviados à imprensa toda terça-feira.

O Estado também determinou que, se houver suspeita ou confirmação da superbactéria, o paciente afetado seja isolado, o acesso de visitantes seja restringido e profissionais e familiares só tenham contato com o doente usando equipamentos de proteção contra infecções.

Francisco de Assis também informou que o Governo está disponibilizando um Laboratório Central, localizado em Cruz das Armas, para todas as unidades hospitalares que não tenham estrutura para detectar incidência de KPC. Eles distribuiram, ainda, um manual, para todos os hospitais, com medidas que devem ser tomadas em caso de confirmação da KPC.

Já foram registrados dois casos de morte pela superbactéria na Capital. O primeiro caso foi o de um bebê de cinco meses que estava internado no Hospital da Unimed. O hospital demorou uma semana para notificar a SES sobre o caso. O segundo registro foi o de uma mulher que estava internada no Hospital Edson Ramalho, que informou a presença da bactéria de imediato.

Bactéria

A KPC é um tipo de enzima que tem provocado resistência de algumas bactérias aos antibióticos mais usados. Ela atinge principalmente pessoas hospitalizadas com baixa imunidade, como pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A bactéria pode ser transmitida por meio do contato direto, como o toque, ou pelo uso de um objeto comum. A lavagem das mãos é uma das formas de impedir a disseminação da bactéria nos hospitais.