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VIDA URBANA

Segunda etapa de operação contra sonegação na PB prende quatro empresários

Grupo movimentou de forma ilegal um montante de R$ 200 milhões.

Publicado em 02/04/2020 às 13:18


                                        
                                            Segunda etapa de operação contra sonegação na PB prende quatro empresários

				
					Segunda etapa de operação contra sonegação na PB prende quatro empresários
Prisões aconteceram em Campina Grande e em Recife (Foto: Divulgação).

Foi deflagrada nesta quinta-feira (2) a segunda fase da Operação Noteiras, que investiga um esquema de sonegação fiscal.na Paraíba. De acordo com a Secretaria da Fazenda estadual, foram presos quatro empresários, proprietários das duas maiores beneficiárias do esquema milionário de sonegação fiscal, com atuação no mercado de alimentos e bebidas.

Os quatro mandados de prisão preventiva foram cumpridos nas cidades de Campina Grande e do Recife (PE). A Justiça também determinou o sequestros de bens dos acusados da organização criminosa que podem chegar a R$ 36 milhões

A prisão dos quatro empresários foi decretada após o recebimento de denúncia, que imputa aos 33 acusados, os crimes de Organização Criminosa, Falsidade Ideológica, Sonegação Fiscal e Lavagem de Dinheiro, cujas penas máximas, somadas, totalizam 28 anos de reclusão. A Fazenda não divulgou os nomes dos presos.

A Operação Noteiras, que tem por objetivo desarticular uma Organização Criminosa que, juntamente com um grupo de empresas, movimentou, de forma ilícita, aproximadamente R$ 200 milhões em mercadorias e nota fiscais inidôneas.

Sequestro de bens de até R$ 36 milhões 

Além da prisão preventiva, atendendo a pedido da Promotoria de Justiça de Crimes Contra a Ordem Tributária, a 6ª Vara Criminal de João Pessoa, também decretou o sequestro dos bens dos acusados até o limite de R$ 36 milhões, com o objetivo de desfazer a vantagem econômica adquirida pelos acusados e recuperar aos cofres públicos paraibanos os milhões de reais sonegados.

Durante as investigações, constatou-se a existência de uma estrutura criminosa especializada na constituição de empresas de fachada que simulam operações de compra e venda de mercadorias, com o fim de acobertar operações realizadas por empresas que se beneficiam do esquema, promovendo a circulação de mercadorias sem o recolhimento do imposto devido, causando assim, grave dano ao Estado da Paraíba.

A primeira fase foi deflagrada no dia 4 de março deste ano, quando foram cumpridos oito mandados de prisão e de 14 de busca e apreensão nas residências, escritórios de contabilidade e empresas integrantes do esquema.

Prisão de auditor 

No último dia 26 de março, no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), foi preso o auditor fiscal que fazia parte do grupo criminoso, ao desembarcar de viagem aos EUA.

Também foi determinada judicialmente a utilização, pela Polícia Civil, através da Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária, dos automóveis apreendidos em poder dos réus, o que foi feito com base na inovação trazida pela nova redação do art. 133-A, do Código de Processo Penal (Pacote Anticrime).

Imagem

Jhonathan Oliveira

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