COTIDIANO
Polícia investiga como latrocínio caso de sequestro de mulheres
Crime aconteceu no sábado (20). Elas foram sequestradas, em João Pessoa, e estupradas. Uma mulher morreu e a outra, que estava com um bebê, ficou ferida.
Publicado em 22/06/2015 às 8:06
Latrocínio é a primeira suspeita a ser investigada pela Polícia Civil da Paraíba no crime que aconteceu na noite de sábado (20) onde duas mulheres paraibanas foram sequestradas em João Pessoa e levadas até Pernambuco, e foram estupradas e atropeladas. Uma das mulheres, Gloria Silva, de 42 anos, morreu, a outra, Caroline Teles, de 31, foi socorrida e levada para um hospital pernambucano. Com elas, ainda estava um bebê de nove meses, filho da vítima que sobreviveu.
Conforme o delegado Walter Brandão, que está acompanhado o caso na Paraíba, os suspeitos ainda não foram identificados. Ele ainda informou que no Estado o caso está sendo investigado como latrocínio, roubo seguido de morte, já que o dinheiro e o carro da vítima foram levados. Outro inquérito está sendo executado em Pernambuco. “Acreditamos que duas pessoas tenham praticado o crime, mas ainda não identificamos os suspeitos. Dois inquéritos vão investigar o crime: um na Paraíba e outro em Pernambuco”, disse o delegado.
Na tarde deste domingo (21), na capital, prestaram depoimentos os maridos das duas mulheres. Ainda segundo Brandão, que colheu os depoimentos, os maridos falaram antes das duas serem localizadas, durante cerca de uma hora cada um, sobre o desaparecimento das vítimas. O que foi dito não foi revelado pelo delegado, que também não informou se eles devem ser convocados novamente para depor.
Em depoimento, a mulher que ficou ferida e que também é a mãe do bebê, explicou que estava indo levar a amiga, já que as duas moravam no mesmo bairro, onde aconteceu o sequestro. “Ela explicou que quando chegou na casa da amiga, foi abordada por um carro e uma moto e um dos homens entrou no carro dela”, disse o cabo Edson dos Santos, da Polícia Militar de Pernambuco, que acrescentou que a vítima não tinha certeza de quantos suspeitos estavam envolvidos.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba (Seds), a delegada Roberta Neiva, titular da 2ª delegacia Seccional de João Pessoa, vai presidir o inquérito no Estado. Ainda conforme a assessoria, a delegada viajou para Pernambuco para acompanhar o caso no início da tarde.
O crime
Era noite de sábado (20), as mulheres estavam com o bebê em uma festa na Associação dos Moradores dos Bancários, em João Pessoa. Após saírem de lá, a mulher que sobreviveu foi deixar a amiga em casa, no Jardim Cidade Universitária. Ao parar o carro em frente a casa da vítima que faleceu, pro volta das 20h, elas foram abordadas por homens em um carro e uma motocicleta.
A vítima que estava conduzindo o carro, foi obrigada a dirigir pela BR-101 de João Pessoa até Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, onde entrou numa estrada de terra conhecida como Estrada do Aterro Sanitário, na Mata da Usina Santa Tereza. “Depois de entrar na estrada, a cerca de 200 metros da BR, os homens tiraram as roupas delas, espancaram e estupraram", afirmou o cabo Edson Santos.
Os suspeitos ainda tentaram estrangular as mulheres utilizando tecidos, mas não conseguiram. Em seguida, atropelaram as duas com o carro da vítima, fugindo na sequência. Uma das mulheres não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Os criminosos abandonaram o bebê na mata.
Por volta das 11h30 do domingo (21), trabalhadores rurais e vigilantes da usina encontraram as vítimas e a criança no local do crime e acionaram a polícia. A mulher que sobreviveu foi levada para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, no Grande Recife. Ela sofreu politraumatismo e passa por uma série de exames durante esta tarde. A criança foi encaminhada para o Hospital Belarmino Correia, em Goiana. De acordo com a unidade, o bebê chegou com muita fome, picadas de insetos, mas sem ferimentos graves. Ele foi transferido para um hospital de João Pessoa.
A polícia fez rondas na região mas não encontrou nenhum suspeito. O crime segue em investigação na Paraíba e em Pernambuco.
Atualizada às 9h45
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