VIDA URBANA
Monitor aponta fim da seca em parte do Sertão da Paraíba no mês de abril
Entre março e abril foi observado o fim da seca em parte do território paraibano, o que não acontecia desde outubro de 2019.
Publicado em 22/05/2020 às 13:51 | Atualizado em 22/05/2020 às 15:38
A última atualização do Monitor de Secas, divulgada nesta sexta-feira (22), aponta que parte do território da Paraíba deixou de registrar seca no mês de abril, fato que não acontecia desde outubro de 2019. Além disso, também houve uma redução do fenômeno, com a diminuição das áreas com seca moderada. Aconteceram chuvas abaixo da média na porção centro-leste, enquanto no oeste, os registros de precipitação observados ficaram acima da média.
Com isso, uma ampla área sem seca foi observada no oeste da Paraíba por causa da redução da área com seca fraca. Na Mata Paraibana, que cidades que ficam na região de João Pessoa, Sapé, além dos municípios do Litoral Norte e Litoral, também houve redução da faixa de seca, passando de moderada para fraca. Os impactos observados são de longo prazo, exceto na faixa litorânea, onde são de curto prazo.
Com as chuvas de abril, o Monitor de Secas também registrou uma redução das áreas com seca na Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. No caso do Espírito Santo, o estado não registra nenhuma área com seca desde março. Já em Alagoas todo o estado permanece com seca.
Também houve a redução da gravidade das secas em sete estados: Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. O Ceará manteve áreas somente com seca fraca e Tocantins teve poucas mudanças na severidade da seca entre março e abril. No caso do Maranhão, houve um aumento da área com seca moderada no sul do estado.
De modo geral, a seca no norte do Nordeste apresenta impacto de longo prazo, associado principalmente ao déficit hídrico de chuvas abaixo da média na região entre 2012 a 2018. No entanto, as precipitações observadas nos quatro primeiros meses do ano trouxeram melhora nos impactos de curto prazo e a consequente recuperação das pastagens, acumulação de água nos pequenos e médios reservatórios, além da recuperação de alguns perímetros irrigados.
O Monitor de Secas tem uma presença cada vez mais nacional, abrangendo os nove estados do Nordeste, além de Espírito Santo, Minas Gerais e Tocantins. Essa ferramenta realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores de seca e nos impactos causados pelo fenômeno em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes nos últimos um a seis meses. Para secas acima de 12 meses, os impactos são de longo prazo.
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