Motoristas de transporte escolar de JP fazem protesto em frente à casa de Cartaxo

Um grupo com aproximadamente 20 motoristas de transporte escolar está realizando, desde o início da manhã desta quarta-feira (17), um protesto na Avenida Acre, no Bairro dos Estados, em João Pessoa. Eles querem entregar um documento ao prefeito da capital, Luciano Cartaxo (PV), com solicitações da categoria.

Os veículos estão em frete ao condomínio onde mora o prefeito e segundo os organizadores do protesto, o número de motoristas foi pequeno, exatamente com o objetivo de manter o distanciamento social. A organização afirmou que os motoristas pretendem ficar a manhã inteira no local.

A assessoria de comunicação da Prefeitura de João Pessoa não informou que os manifestantes serão recebidos pelo prefeito.

Os motoristas afirmam que estão passando dificuldades financeiras, pois com a suspensão das aulas, os seus veículos não podem ser utilizados para outros tipos de transporte. Em todo o estado, de acordo com o sindicato da categoria, são quase 1 mil trabalhadores, sendo 435 só em João Pessoa.

Em entrevista ao repórter Plínio Almeida, da TV Cabo Branco, um motorista identificado como Murilo disse que trabalha há quase 20 anos com transporte escolar, atuando no bairro Bancários e em regiões próximas. Ele afirma que tinha 40 clientes até antes da pandemia, mas que agora, a situação está complicada.

“A minha renda dependia 100% do transporte escolar. Agora, com essa pandemia, a maioria dos clientes não está pagando, alguns estão dando uma colaboração e a coisa se complicou de um jeito, que não sei mais o que fazer”, disse.

O presidente do Sindicato dos Transportes Autônomos de Veículos Escolares da Paraíba (Sintesc-PB), André Sales, disse que os profissionais estão recebendo cestas básicas e ainda assim, nem o Governo da Paraíba e nem as prefeituras têm atendido os apelos da categoria

“Desde o dia 23 de abril que estamos lutando junto ao poder público. Nesta semana entramos auxiliamos motoristas de Sousa e Campina Grande. Estamos tentando buscar junto ao Governo e prefeituras um auxílio básico para sobrevivermos neste período”, falou.