POLÍTICA
Principais alvos da operação Cardeiro são considerados foragidos
Ação investiga desvios de recursos públicos na Prefeitura de Princesa Isabel, no Sertão.
Publicado em 20/07/2016 às 11:14
Continuam foragidos os dois principais alvos da operação Cardeiro, que investiga desvios de recursos públicos na Prefeitura de Princesa Isabel, que fica no Sertão da Paraíba. Conforme a Polícia Federal (PF), o ex-secretário de Infraestrutura do município, Valmir Pereira, e o empresário Sérgio Ricardo Ferreira, sócio de uma construtura, estão sendo procurados desde a última terça-feira (19), quando a ação foi deflagrada para desarticular um esquema de corrupção na aplicação de recursos federais repassados para construção de quatro Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de um Centro Especializados de Reabilitação (CER) na cidade.
De acordo com o delegado da Polícia Federal em Patos, Glautter Morais, as buscas continuam para localizar os foragidos e, nesse momento, a operação está na fase de análise dos materiais apreendidos. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de condução coercitiva (sendo três engenheiros, três membros da Comissão Permanente de Licitação e o secretário de Administração de Princesa Isabel). Além disso, houve o cumprimento de dez mandados de busca e apreensão, três afastamentos cautelares de funções públicas dos membros da CPL, bem como medidas de sequestro de bens, todos expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal em Monteiro (PB).
A Construarq Empreendimentos e Construções LTDA está sendo apontada como empresa envolvida no esquema, uma vez que um dos sócios dela chegou a sacar R$ 141 mil em espécie, dez dias após assinatura do contrato das UBS, de acordo com o Ministério Público Federal. O esquema fraudulento contava com a participação de agentes da Prefeitura que ocultaram informações durante a fiscalização e chegaram a orientar os trabalhadores das obras sobre o que dizer à equipe do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle (MTFC), conforme revelaram as escutas telefônicas realizadas com autorização da Justiça.
A ação foi do MTFC e realizada em parceria com a PF e o MPF. A estimativa é que o esquema tenha causado um prejuízo de aproximadamente R$ 1 milhão aos cofres públicos.
Sem respostas
O JORNAL DA PARAÍBA procurou a gestão municipal de Princesa Isabel e a Construarq Empreendimentos e Construções LTDA para comentar o assunto por várias vezes, mas desde a última terça-feira que ninguém foi localizado para falar sobre esse caso. Até essa matéria ser publicada, ninguém havia se pronunciado.
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