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VIDA URBANA

Acidentes vasculares causam mais de 4 mil mortes na Paraíba em 18 meses

Doença matou o deputado Genival Matias e o prefeito de Guarabira Zenóbio Toscano.

Publicado em 22/07/2020 às 7:00 | Atualizado em 22/07/2020 às 11:22


                                        
                                            Acidentes vasculares causam mais de 4 mil mortes na Paraíba em 18 meses
Foto: Divulgação/ALPB

				
					Acidentes vasculares causam mais de 4 mil mortes na Paraíba em 18 meses
Depurado Genival Matias sofreu AVC enquanto praticava esporte aquático em praia de Pernambuco. Foto: divulgação/alpb. Foto: Divulgação/ALPB

A morte prematura do deputado estadual Genival Matias (Avante), aos 53 anos, vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC) reacende a preocupação com a doença nesta quarta-feira (22), Dia Mundial do Cérebro. Segunda doença que mais mata no mundo, os problemas vasculares deixaram 4.411 mortos na Paraíba entre 1º de janeiro de 2019 a 20 de julho deste ano, segundo dados do portal da Transparência do Registro Civil Nacional.

Segundo o Registro Civil, no ano passado, na Paraíba, foram registradas 2.262 mortes por problemas vasculares, sendo 1.360 por AVC e 902 de causas cardiovasculares inespecíficas. Este ano, os números dos óbitos chegam a 2149 relacionadas à doença. Desse total, 1102 constatada por AVC e 1047 por causas cardiovasculares inespecíficas.

No Sistema da Secretaria de Estado de Saúde (SES), foram registrados um número abaixo: 2.595, entre 2017 e 2020, sendo 236 este ano e 754 no ano passado. A assessoria da SES explicou que a diferença ocorre porque na Saúde ocorre o cruzamento do registro do óbito com laudos médicos e históricos de doenças preexistentes.

Genival Matias sofreu o AVC Hemorrágico enquanto praticava esporte aquático, em um jet ski, na Praia de Serrambi, Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco.

Neste universo de vítimas da sequelas deixadas pelo AVC Isquêmico também consta outra figura pública bastante conhecida, que faleceu em junho deste ano, o prefeito de Guarabira, Zenóbio Toscano (PSDB). Ele sofreu o primeiro acidente em junho do ano passado. A doença o afastou do cargo por problemas de saúde desde junho do ano passado. Este ano, em junho, sofreu um segundo AVC, mas do tipo hemorrágico, e desta vez não resistiu e morreu.

Não fatal

Quem também recentemente sofreu um AVC hemorrágico e mobilizou os fãs em uma campanha foi cantor Genival Lacerda. Um grupo de artista, inclusive, agendou para a próxima sexta-feira (24) uma live solidária para ajudar o músico, que estaria com dificuldades financeiras para manter a alimentação diferenciada, terapia medicamentosa para hipertensão, diabetes e alzheimer, além de sessões de fisioterapia, terapia ocupacional e exames diversos, todos domiciliar.


				
					Acidentes vasculares causam mais de 4 mil mortes na Paraíba em 18 meses
O cantor Genival Lacerda se recupera de um AVC que sofreu este ano. Foto: divulgação. Foto: divulgação

AVC Isquêmico

Esse tipo de AVC ocorre quando um vaso sanguíneo dentro do cérebro fica estreito ou bloqueado, causando redução grave no fluxo sanguíneo. Esse bloqueio pode ser resultado de depósitos de gordura em um vaso cerebral ou por coágulos sanguíneos que viajaram pela corrente sanguínea e acabaram presos em um vaso mais fino do cérebro.

Quando isso ocorre, o fluxo de sangue para o cérebro é reduzido drasticamente, levando à morte de células cerebrais de uma determinada região cerebral.

AVC hemorrágico

Já esse tipo de AVC atinge o cérebro de uma forma um pouco diferente. Ao invés de obstruir um vaso sanguíneo, ele fica enfraquecido e se rompe, causando um sangramento que se acumula e comprime o tecido cerebral. Esse enfraquecimento do vaso sanguíneo pode ser resultado de um aneurisma, de uma malformação arteriovenosa ou de hipertensão arterial não controlada. Uma causa menos comum é a angiopatia amilóide cerebral.

Dependendo da parte do cérebro atingida, o paciente começará a demonstrar sinais externos e visíveis súbitos, como:

• Fraqueza ou formigamento (mais comumente em um lado do corpo)

• Dificuldade para falar ou compreender

• Boca torta

• Alteração na visão em um ou nos dois olhos

• Dificuldade de equilíbrio e/ou coordenação dos membros

• Dor de cabeça súbita, intensa e sem causa aparente (na maioria das vezes, sinal de AVC hemorrágico, e não isquêmico)

Como se prevenir

Muitos fatores de risco contribuem para o aparecimento de um AVC. Alguns não podem ser modificados, como a idade, raça, constituição genética e o sexo do paciente, entretanto, outros fatores (a maioria) são externos e dependem exclusivamente dos hábitos de cada pessoa.

Para prevenir o AVC, você deve:

• Parar de fumar

• Não abusar do álcool

• Manter uma alimentação saudável e equilibrada

• Evitar a obesidade

• Praticar exercícios regularmente

• Manter a pressão arterial sob controle

• Manter a glicose sob controle

• Manter o colesterol sob controle

• Fazer acompanhamento médico para prevenção (arritmias que levam ao AVC podem ser diagnosticadas em consultas de rotina, p.ex)

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Angélica Nunes

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