VIDA URBANA
Pandemia: 144 mil estudantes paraibanos não tiveram aulas no mês de julho
Dados foram divulgados nesta sexta-feira (21), e mostram que 15% dos alunos da Paraíba não tiveram atividades.
Publicado em 21/08/2020 às 17:34
Pelo menos 15% dos estudantes com idades entre 6 e 29 anos não tiveram atividades escolares na Paraíba durante o mês de julho. O percentual equivale a cerca de 144 mil pessoas, e foi levantado pela pesquisa PNAD Covid-19, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (21).
De acordo com a Pnad Covid-19, os dados da Paraíba são os menores à nível nacional e regional, já que o percentual no Brasil foi de 19,1% e no Nordeste de 26,3%. A maioria dos estudantes paraibanos, cerca de 765 mil (80,9%), teve atividade no mês de julho, enquanto 37 mil (3,9%) não tiveram atividades porque estavam no período de férias. Em todo o Brasil, 72% tiveram atividades e 8,9% estavam de férias.
Entre os alunos que não desempenharam atividades, os do Ensino Superior ficaram com a maior proporção (29,1%), que também teve o maior percentual dos que estavam de férias (13,6%). Já os alunos do Ensino Médio ficaram em segundo lugar, com 13,3% dos alunos em atividade.
Já entre as classes de renda, os maiores percentuais de estudantes com atividades disponibilizadas foi observado nos domicílios em que o rendimento domiciliar per capita era de meio a menos de um salário mínimo, em pelo menos 82,4%. A menor proporção foi nas residências com renda de dois a menos de quatro salários-mínimos (66,7%).
Pelo menos 81,1% dos estudantes pretos e pardos tiveram atividades escolares em julho, de maneira semelhante às observadas entre os brancos (80,7%). Entre homens e mulheres, a diferença foi de 83,1% no grupo feminino e 78,7% no público masculino.
Empréstimos
O IBGE também constatou moradores de mais de 80 mil domicílios paraibanos solicitaram empréstimos durante a pandemia do novo coronavírus até o mês de julho. A proporção ficou acima das médias registradas no Brasil (5,9%) e no Nordeste (5,5%).
Dos domicílios que solicitaram, 71 mil obtiveram empréstimos, enquanto 16 mil tiveram o pedido negado. A principal fonte do empréstimo foi um banco ou financiadora em 82,2% dos casos; em 18,5% foi um parente ou amigo; e em 2,1% dos casos foi outro local ou pessoa.
Cerca de 64 mil residências o rendimento domiciliar per capita era de até menos de dois salários mínimos, e entre os que não conseguiram, a faixa de rendimento também era maior.
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