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VIDA URBANA

Evento religioso com aglomeração é cancelado em Picuí por orientação do MP

O encontro teria caravanas do Rio Grande do Norte, segue em bandeira vermelha.

Publicado em 01/09/2020 às 15:26 | Atualizado em 01/09/2020 às 17:23


                                        
                                            Evento religioso com aglomeração é cancelado em Picuí por orientação do MP
Foto: divulgação/Facebook

Um evento religioso que seria promovido pela Igreja Cristã Palavra de Vida no próximo sábado (05), em Picuí, na região da Borborema paraibana, foi cancelado pelos organizadores após o Ministério Público estadual recomendar sobre o risco de proliferação da covid-19 com aglomeração de fiéis. A recomendação foi expedida nesta segunda-feira (31), pela promotora de Justiça Erika Bueno Muzzi e acatada pelo pastor Rusemberg Souza de Medeiros .

De acordo com a recomendação, o evento denominado “3º Vigilão” publicizou, por meio de redes sociais, a presença de caravanas de outros municípios, incluindo do Rio Grande do Norte, estado que, diante o alto índice de novas infecções, permanece com bandeira vermelha.

A Promotoria instaurou o procedimento administrativo e expediu a recomendação. Segundo a promotora, o documento foi expedido em razão da real possibilidade de que as pessoas oriundas das referidas caravanas possam possibilitar uma maior disseminação do vírus em Picuí.

Ainda conforme a promotora, a rede de saúde local tem como referência, para a média e a alta complexidade hospitalar, os municípios de João Pessoa e Campina Grande. Além disso, Picuí apresenta o crescimento de números confirmados de casos de covid-19.

A promotora ressalta que, com o avanço da tecnologia, é possível que o aspecto comunitário da religiosidade seja vivenciado com auxílio dos meios digitais, dispensando-se a presença física nos templos religiosos, durante o período emergencial e excepcional de contingenciamento da pandemia de covid-19.

“A realização de eventos com aglomeração de pessoas, mesmo após a covid-19 já ter matado mais de cem mil brasileiros, se apresenta como o mais completo desrespeito pela vida humana”, diz a promotora na recomendação.

Imagem

Angélica Nunes

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