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VIDA URBANA

Começam campanhas de vacinação contra pólio e de multivacinação

A vacinação contra febre amarela também foi incluída no calendário deste ano.

Publicado em 05/10/2020 às 7:55 | Atualizado em 05/10/2020 às 9:25


                                        
                                            Começam campanhas de vacinação contra pólio e de multivacinação
Foto: Divulgação PMCG

Começa nesta segunda-feira (5) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite para crianças de até 5 anos. A mobilização vai até o dia 30 de outubro em postos de saúde de toda a Paraíba. Os órgãos de saúde alertam que a população deve procurar o serviço mesmo com a pandemia de covid-19, pois a vacina é de extrema importância para manter as crianças imunes à doença.

No sábado (17), a vacinação será reforçada com o dia de mobilização nacional e a campanha acontece até dia 30 deste mês.No dia D, todos os 1.523 postos do estado estarão realizando vacinação para contemplar aqueles pais que não têm tempo de levar suas crianças durante a semana.

Na campanha, serão ofertadas todas as vacinas do calendário básico de vacinação da criança e do adolescente, para diminuir o risco de doenças imunopreveníveis e reduzir as taxas de cartão vacinal incompleto.

Para evitar os riscos de aglomeração e de contaminação por coronavírus, a orientação da Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES) para os municípios é de realização da multivacinação por agendamento dos agentes comunitários de saúde de cada área.

Em João Pessoa serão mais de 100 postos de vacinação, distribuídos nas unidades de saúde da família (USF), nas policlínicas municipais, de segunda a sexta e no Centro Municipal de Imunizações (CMI). Em Campina Grande também serão mais de 100 postos de vacinação em unidades básicas de saúde, centros de saúde e policlínicas municipais.

Doença

A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos e, em casos graves, pode levar a paralisias musculares, em geral nos membros inferiores, ou até mesmo à morte. A vacinação é a única forma de prevenção.

A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária são fatores que favorecem a transmissão do poliovírus, por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes.

Não existe tratamento específico para a poliomielite, todas as pessoas contaminadas devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas de acordo com o quadro clínico. Entre os sintomas mais frequentes estão febre, dor de cabeça e no corpo, vômitos, espasmos e rigidez na nuca. Na forma paralítica ocorre a súbita deficiência motora, acompanhada de febre, flacidez e assimetria muscular e persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença.

As sequelas são tratadas por meio de fisioterapia e de exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados. Além disso, pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e das articulações.

Desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável (VIP, aos 2, 4 e 6 meses) e mais as doses de reforço com a vacina oral bivalente (VOP, gotinha). A medida está de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde e faz parte do processo de erradicação mundial da pólio. Essa vacinação propicia imunidade individual e aumenta a imunidade de grupo na população em geral.

No Brasil, o último caso de infecção pelo poliovírus selvagem ocorreu em 1989, na cidade de Souza, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a certificação de área livre de circulação do vírus. No cenário internacional, hoje, existem dois países endêmicos para a doença: o Paquistão e Afeganistão.

Imagem

Angélica Nunes

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