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POLÍTICA

João e demais governadores do Nordeste pedem suspensão de voos internacionais para a região

O pedido do Consórcio Nordeste vem após uma nova mutação do novo coronavírus ser identificado no Reino Unido.

Publicado em 23/12/2020 às 13:04 | Atualizado em 23/12/2020 às 14:22


                                        
                                            João e demais governadores do Nordeste pedem suspensão de voos internacionais para a região
Check in Aeroporto Castro Pinto (foto: Herbert Clemente/Arquivo)

				
					João e demais governadores do Nordeste pedem suspensão de voos internacionais para a região
Foto: Herbert Clemente/Arquivo. Check in Aeroporto Castro Pinto (foto: Herbert Clemente/Arquivo)

O Consórcio Nordeste pediu ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que sejam suspensos imediatamente todos os voos com origem ou destino no Reino Unido, Dinamarca, Holanda e Austrália. O documento, divulgado nesta quarta-feira (23), mas enviado na terça-feira (22), é subscrito pelo governador João Azevêdo (Cidadania) e pelos governadores de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

No ofício, o grupo sugere ainda que o governo federal solicite quarentena “para todos os passageiros que vierem dos demais países europeus e que, durante o período de isolamento, façam exames RT-PCR”.

Embora não tenha, até o momento, decidido pela suspensão de voos como querem os governadores, o Ministério da Saúde informou que a partir da próxima quarta-feira (30) entrará em vigor a restrição de entrada, por rodovias, portos e aeroportos, no Brasil para estrangeiros de qualquer nacionalidade, de acordo com a Portaria 630/2020.

O pedido vem após uma nova mutação do novo coronavírus (Covid-19) ser identificado no Reino Unido. “É com profunda preocupação que os governadores do Nordeste do Brasil recebem a notícia de mutação do vírus causador da Covid-19 e da possibilidade que suas variantes sejam mais contagiosas e mais letais“, diz o consórcio, em carta assinada pelo governador Wellington Dias (PT-PI), presidente do grupo.

Restrição

Antes do embarque, os viajantes precisarão apresentar à companhia aérea um documento que comprove o resultado não detectável de teste laboratorial (RT-PCR) para a covid-19.

Diante dessa nova variante do coronavírus, o ministério também colocou em prática um novo protocolo para chegada de pessoas vindas do Reino Unido. As orientações emergenciais trazem medidas de monitoramento e rastreamento de contatos de passageiros e tripulantes que chegarem no Brasil por voos daquele país, ou que, recentemente, estiveram no país europeu.

“A ação articulada com os fiscais sanitários de portos, aeroportos e com a comunicação dos passageiros e tripulantes oriundos do Reino Unido, a Rede Nacional de Vigilância, Alerta e Resposta às Emergências em Saúde (Rede Cievs) atuará em contato com as vigilâncias locais para monitorar as condições de saúde e direcioná-los junto à atenção à saúde, bem como à vigilância sanitária, para adoção de medidas de prevenção e controle da covid-19”, informou a pasta.

Isolamento

Ainda para passageiros vindos do Reino Unido, a recomendação da pasta é o autoisolamento por, no mínimo, 10 dias. Já nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) com confirmação por quaisquer critérios para a covid-19, a orientação é o isolamento, que pode ser suspenso após 20 dias do início dos sintomas ou após 10 dias com resultado RT-qPCR negativo, desde que o paciente passe 24 horas sem uso de medicamentos antitérmicos e tenha apresentado remissão dos sintomas respiratórios, mediante avaliação médica.

As pessoas encaminhadas para isolamento deverão continuar usando máscara e manter a etiqueta respiratória, sempre que for manter contato com outros moradores da residência, mesmo adotando o distanciamento social recomendado de pelo menos um metro. Nesse período, também é importante orientar ao paciente em isolamento, a limpeza e desinfecção das superfícies, conforme as recomendações da Anvisa.

“Até o momento, não há evidências suficientes para determinar se a variante [do novo coronavírus] tem algum impacto na gravidade da doença, resposta de anticorpos, transmissão, desempenho de testes de diagnóstico ou eficácia da vacina”, ressaltou o Ministério da Saúde.

Imagem

Angélica Nunes

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