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VIDA URBANA

CoronaVac tem eficácia de 78% em testes feitos no Brasil, afirma governo de SP

Instituto Butantan vai pedir liberação para uso emergencial à Anvisa.

Publicado em 07/01/2021 às 13:50 | Atualizado em 08/01/2021 às 7:52


                                        
                                            CoronaVac tem eficácia de 78% em testes feitos no Brasil, afirma governo de SP
Foto: Reuters/Thomas Peter

O governo de São Paulo informou nesta quinta-feira (7) que a CoronaVac registrou 78% de eficácia nos testes clínicos feitos no Brasil. A vacina contra a Covid-19 é desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

"Esse resultado significa que a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan tem elevado grau de eficiência e eficácia para proteger a vida dos brasileiros contra a Covid-19. As pessoas que forem imunizadas com a vacina do Instituto Butantan terão entre 78% a 100% menos possibilidade de desenvolverem a Covid-19", afirmou o governador João Doria (PSDB) em coletiva de imprensa.

Ainda de acordo com o governo, a vacina garantiu a proteção total (100%) contra mortes, casos graves e internações nos voluntários vacinados que foram contaminados.

"As pessoas que receberam a vacina, em relação às que não receberam, não tiveram nenhum caso de Covid grave. Ou seja, a vacina protegeu 100% em relação a casos graves. Não só: protegeu também 100% contra casos moderados. Ou seja, as pessoas vacinadas nesta população de alto risco foram protegidas da doença moderada e grave", afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

O estudo conclusivo mede a taxa de eficácia do imunizante comparando quantos casos confirmados ocorreram nos voluntários que receberam placebo e quantos naqueles que tomaram a vacina.

Ainda segundo Doria, com o resultado, o Butantan iniciou o pedido para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de autorização para o uso emergencial da vacina no país.

A expectativa é a de que os dados sejam analisados em até dez dias. Uma nova reunião entre o Instituto e a Agência deve ser realizada ainda na tarde desta quinta.

"Por isso que hoje nós estamos junto à Anvisa. Já tivemos uma primeira reunião. O processo de submissão do uso emergencial prevê um rito que seja feito uma reunião inicial. Reunião inicial foi feita hoje às 10h. A Anvisa recebeu informações e já marcou uma segunda reunião no final do dia de hoje. No final do dia de hoje teremos mais uma reunião e esperamos poder formalmente iniciar esse pedido de tramitação após essa reunião no dia de hoje ou no máximo até amanhã", explicou Dimas Covas.

Testes

No Brasil, a vacina foi testada em 16 centros de pesquisas, nos estados de São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Mais de 12 mil voluntários brasileiros, que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus, participaram dos testes, que começaram em julho de 2020 e permanecem em andamento.

"E o que tem de diferente este estudo dos demais estudos realizados? Nós realizamos com profissionais de saúde. Aquelas pessoas que estão mais submetidas a presença do vírus. Estão na linha de frente. Aquelas que trabalham diretamente com pacientes com Covid-19. Outros estudos foram feitos com populações gerais. Nós desafiamos essa vacina de uma forma que outras vacinas não fizeram", defendeu o diretor do Butantan, Dimas Covas.

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Jhonathan Oliveira

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