COTIDIANO
Cinco são denunciados por lavagem de dinheiro em resort na PB
Grupo teria movimentado 12,9 milhões de dólares entre os anos de 2007 e 2009, após prestar informações falsas.
Publicado em 23/02/2021 às 18:00 | Atualizado em 24/02/2021 às 9:30
Cinco pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) por terem supostamente cometido o crime de lavagem de dinheiro na construção do resort Mussulo, localizado na cidade do Conde, no Litoral Sul da Paraíba. Dentre os acusados, são três estrangeiros e dois brasileiros, que segundo o MPF, teriam prestado informações falsas aos bancos Central e do Brasil, movimentando 12,9 milhões de dólares entre os anos de 2007 e 2009.
O JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com a defesa de José Carlos de Castro Paiva, mas até a publicação da reportagem não foi enviada uma resposta sobre o caso. Em relação aos outros envolvidos, as defesas dos acusados não foram localizadas.
Os procuradores do MPF afirmam que o grupo omitiu a origem do dinheiro utilizado na construção do resort e que “tudo foi feito pelos acusados de forma livre e consciente, em unidade de desígnios e mediante divisão de tarefas”. A ação penal, que tramita na 16ª Vara da Seção Judiciária da Paraíba, é fruto da Operação Kwanza, realizada em maio de 2017 pela Polícia Federal.
Nesta ação, a denúncia envolve 20 atos de lavagem de dinheiro envolvendo 12,9 milhões de dólares. Os valores seriam provenientes de fraudes no Sistema Financeiro Nacional, realizadas através de falsificação de dados em contratos de câmbio firmados com o Banco do Brasil, para transferências vindas de bancos internacionais.
Para que o esquema de lavagem de dinheiro pudesse funcionar, o MPF divulgou que os cinco denunciados montaram um ‘arranjo empresarial’, que tinha como objetivo esconder o verdadeiro beneficiado pelo dinheiro. Para isso, segundo o MPF, além da falsa estrutura empresarial montada para o esquema, pessoas e falsos contratos eram utilizados para tirar do foco a origem e o destino final dos recursos.
Para o MPF, a estrutura montada envolvendo a utilização de pessoas, empresas e os falsos contratos são elementos suficientes para atribuir ao grupo, a acusação do cometimento de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e lavagem de dinheiro.
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