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VIDA URBANA

Depressão na adolescência: 318 jovens são atendidas pelo Caps na Capital

Humor irritável, ausência de prazer e apetite são sintomas. Hoje 318 crianças e adolescentes fazem tratamento no Caps I, na capital

Publicado em 27/12/2015 às 8:00

Humor irritável, ausência de prazer, alteração do sono, falta de apetite e ideação suicida. Esses são alguns dos principais sintomas avaliados durante o diagnóstico clínico das crianças e adolescentes com depressão. E foram também os primeiros sintomas apresentados por Ana (nome fictício), jovem de 14 anos, diagnosticada com depressão e transtorno bipolar. Ela integra o universo dos 318 jovens, entre seis a 16 anos de idade, atendidos pelo Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil Cirandar (Caps I), localizado no bairro do Róger, em João Pessoa. No local, são atendidas crianças e adolescentes com transtornos mentais e dependentes de drogas.

Em João Pessoa, o Caps I é o único que oferece tratamento a pacientes com transtornos psicossociais. Mesmo ao procurar outras unidades de saúde e hospitais, os pacientes são direcionados ao Centro, exceto em casos que seja necessário a internação. Em todo o Estado, são nove Caps infanto-juvenil: um em João Pessoa, dois em Campina Grande, e apenas um nas cidades de Cajazeiras, Patos, Pombal, Piancó, Princesa Isabel, Sapé e Sousa, cada. Durante o ano passado, foram atendidos e acompanhados cerca de 2.900 usuários nos centros, incluindo-se a demanda de dependência química.

Aos 8 anos de idade, Ana começou a apresentar alterações comportamentais. Agressividade, insônia, choro compulsivo e isolamento foram os primeiro sintomas observados por sua família. “Ela era agressiva, não dormia direito, chorava por tudo, dizia que via coisas, brincava com pessoas imaginárias, se isolava, não queria sair, brincava sozinha e brigava com os colegas”, relatou a dona de casa Maria Claudia de Souza, 40 anos, mãe da menina.

Segundo a mãe da adolescente, as mudanças também chamaram atenção da avó de Ana. “Eu trabalhava e mal parava em casa, não queria acreditar e aceitar, pois é muito difícil para os pais. Mesmo com a confirmação médica, eu não queria aceitar que minha filha teria que tomar medicação, me abalei psicologicamente”, frisou.

De acordo com a mãe de Ana, ela recebeu dois diagnósticos, depressão e bipolaridade. O caso dela não é o único na família, a depressão é uma doença que já passou pela avó materna e pelo pai da jovem.

Apesar de todo o medo de não ver a cura da filha, as terapias individuais e em grupo, realizadas três vezes na semana, são um incentivo a mais para a menina e para toda a família. Segundo Maria Cláudia, é importante falar sobre a depressão, contar o que cada pessoa sente, pois existem muitas pessoas que ainda não conhecem os sintomas e não sabem como tratá-la.

“Conversamos, choramos juntos e desabafamos. Se a gente não desabafar aqui e for falar sobre o problema lá fora, as pessoas vão achar que o problema não existe”, pontuou a dona de casa.

Atualmente, Ana está bem, faz tratamento com uso de medicação e psicoterapia. “Tem dia que está um amor de menina, mas às vezes é agressiva, só quer saber de se isolar e chorar, mesmo com o medicamento”, contou. A garota estuda e faz o 8º ano do Ensino Fundamental e, segundo a própria mãe, ela é comunicativa e considerada uma aluna aplicada e inteligente, pelos professores.

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Jornal da Paraíba

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