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COTIDIANO

Três navios são suspeitos de derramar óleo que atingiu praias do Nordeste, diz Marinha

Óleo que atingiu praias do Nordeste em 2019 teriam sido derramados por três navios-tanque.

Publicado em 10/05/2021 às 9:20 | Atualizado em 10/05/2021 às 11:21


                                        
                                            Três navios são suspeitos de derramar óleo que atingiu praias do Nordeste, diz Marinha
Marcos Rodrigues

				
					Três navios são suspeitos de derramar óleo que atingiu praias do Nordeste, diz Marinha
Marcos Rodrigues

A Marinha brasileira tornou pública a conclusão de que o óleo que apareceu em praias de todos os estados do Nordeste e em dois do Sudeste em 2019 foi derramado por três navios-tanques. O relatório final da investigação foi entregue à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal (MPF) em agosto de 2020, mas o documento perdeu o sigilo na sexta-feira (7).

“Com o apoio de instituições técnicas e científicas, públicas e privadas, brasileiras e estrangeiras, três navios foram apontados como principais suspeitos: Navio-Tanque (NT) BOUBOULINA; NT VL NICHIOH (em maio de 2020, o navio alterou seu nome para NT CITY OF TOKYO); e NT AMORE MIO (em março de 2020, o navio alterou seu nome para NT GODAM)”, informou a Marinha.

Classificado como crime ambiental, os primeiros registros apareceram na Paraíba, em 30 de agosto de 2019, nas praias de Jacumã e Gramame, no Conde, e também nas praias Bela, Tambaba e Acaú, em Pitimbu. Também foram atingidas as praias de Camboinha, Poço, Intermares e Formosa, em Cabedelo, e Cabo Branco e Tambaú, em João Pessoa, no dia 1º de setembro de 2019. Resquícios do óleo voltaram a aparecer no começo de 2020.

O inquérito concluiu que 1.013 praias foram atingidas por petróleo cru, derramado pelos navios. Os nove estados do Nordeste e os estados de Espírito Santo e Rio de Janeiro, no Sudeste, foram atingidos. O fenômeno afetou a vida de animais marinhos e causou impactos nas cidades litorâneas.

No comunicado divulgado na sexta-feira, a Marinha defendeu investimento no monitoramento dos navios. “Esse evento, inédito e sem precedentes na nossa história, traz ensinamentos, como a necessidade de se investir no aprimoramento do monitoramento dos navios que transitam nas águas jurisdicionais brasileiras e nas suas proximidades, destacando o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz)”, concluiu.

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