COTIDIANO
CRM interdita eticamente UBS em Bayeux por problemas de infraestrutura
Fiscalização do órgão encontrou infiltrações, rachaduras, trincas e mofo nas paredes.
Publicado em 28/05/2021 às 14:44 | Atualizado em 28/05/2021 às 16:27
A Unidade Básica de Saúde (UBS) Baralho, em Bayeux, Região Metropolitana de João Pessoa, foi interditada eticamente pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) na manhã desta sexta-feira (28). Segundo o órgão, a unidade tem vários problemas de infraestrutura, insalubridade e falta de segurança para profissionais e para a população em geral. A interdição terá início às 0h deste sábado (29).
De acordo com a equipe de fiscalização do CRM-PB, a estrutura da UBS interditada apresenta infiltrações, rachaduras, trincas e mofo nas paredes e no teto de setores como consultório médico, odontológico e de enfermagem, e na sala de vacinação, entre outros locais.
Os próprios profissionais da UBS relataram que a unidade está sem serviço de segurança há mais de dois meses, o que pode colocar a equipe e os usuários em situação de vulnerabilidade. A sala de triagem, que foi desativada e transferida para outro local, já registrou um desabamento em parte de seu teto.
O CRM já havia interditado eticamente a unidade em agosto de 2019. Na época, o atendimento foi transferido para outro endereço para que os problemas no imóvel onde a UBS funciona fossem solucionados. O diretor de fiscalização do CRM-PB, Bruno Leandro, explicou que a interdição ética é o último recurso adotado para que a população não seja prejudicada.
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“A interdição ética de uma unidade de saúde é o último recurso que adotamos para que a população não seja prejudicada. Infelizmente, a UBS Baralho oferece alto risco de comprometimento à saúde e integridade física dos profissionais e dos pacientes, pela insalubridade, sérios problemas estruturais e falta de segurança”, explicou o diretor de fiscalização do CRM-PB, Bruno Leandro de Souza.
O relatório da fiscalização do CRM-PB foi encaminhado à Secretaria de Saúde de Bayeux, ao Ministério Público Estadual e ao Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB).
Ao Jornal da Paraíba, a Secretaria de Saúde de Bayeux informou que a interdição foi médica, e que a unidade está em pleno funcionamento com outros serviços ofertados à população. O órgão também afirmou aguardar o relatório do CRM para voltar com os atendimentos médicos, visando não comprometer o atendimento aos pacientes.
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