COTIDIANO
Bebês de mães vítimas de Covid-19 recebem colo de profissionais de saúde
Projeto acontece na Maternidade Frei Damião, em João Pessoa, com objetivo de auxiliar a recuperação das crianças.
Publicado em 01/07/2021 às 8:05
Bebês que perderam as mães para a Covid-19 estão recebendo uma atenção especial através do projeto "Hora do Colinho", um momento de acolhimento onde profissionais de saúde acalentam os recém-nascidos. A iniciativa acontece na Maternidade Frei Damião, em João Pessoa, e objetiva diminuir auxiliar na recuperação dos pequenos.
Segundo os profissionais envolvidos, vários estudos científicos mostram benefícios do contato físico entre mães e bebês recém-nascidos nos primeiros meses de vida. Dessa forma, o colo das enfermeiras pode ser uma terapia para os bebês, que sofrem com a ausência de familiares. Além disso, problemas como cólicas abdominais podem ser tratados com movimentos terapêuticos implementados no tratamento humanizado.
"Os bebês, por estarem em um ambiente hospitalar, muitas vezes se sentem sozinhos, por impossibilidades de os pais os acompanharem em tempo integral ou receberem visitas, devido à pandemia ou por terem sido abandonadas. A demonstração de afeto através do colinho terapêutico ameniza o estresse e facilita a recuperação”, explica a enfermeira Mariluce Ribeiro de Sá.
Os profissionais também lembram que o ambiente hospitalar costuma ser naturalmente tenso, ainda mais durante a pandemia do coronavírus, justificando a necessidade de projetos como este.
“Temos que implementar ações e serviços que visem melhorar e alegrar esse ambiente para que as pessoas se sintam mais motivadas a desenvolver as suas atividades profissionais”, comentou Selda Gomes, diretora geral da Maternidade Frei Damião.
Colo é "santo remédio"
De acordo com a enfermeira Mariluce Ribeiro de Sá, que compõe a equipe responsável pela "Hora do Colinho", pesquisas mostram que a técnica de POP, onde o paciente tem contato próximo com outra pessoa, expande a caixa torácica do bebê, auxiliando o funcionamento do intestino e estômago e fazendo com que a criança tenha mais facilidade para se relacionar com outras pessoas.
“Devemos lembrar sempre que o toque será feito de forma terapêutica, para aliviar estresse ou algum processo de dor no recém-nascido e para o procedimento acontecer o recém-nascido precisa estar dentro dos quesitos da técnica”, finalizou.
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