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COTIDIANO

Onze paraibanos são resgatados em Fortaleza vítimas de trabalho escravo

Trabalhadores são oriundos de São Bento, Catolé do Rocha e Brejo do Cruz.

Publicado em 20/07/2021 às 18:03


                                        
                                            Onze paraibanos são resgatados em Fortaleza vítimas de trabalho escravo
Ministério Público do Trabalho do Ceará participou das ações

				
					Onze paraibanos são resgatados em Fortaleza vítimas de trabalho escravo
Ministério Público do Trabalho do Ceará participou das ações. Ministério Público do Trabalho do Ceará participou das ações

Onze trabalhadores em situação de trabalho análogo ao de escravo foram resgatados na periferia de Fortaleza, no Ceará, por auditores-fiscais do trabalho do Ministério da Economia. Os trabalhadores eram oriundos dos municípios paraibanos de São Bento, Catolé do Rocha e Brejo do Cruz e exerciam atividades ligadas à venda de redes, artigos de cama, mesa e banho, e de produtos eletrônicos na região metropolitana da capital cearense. O resgate aconteceu uma semana atrás, mas os resultados da operação só foram divulgados nesta terça-feira (20).

>>> VÍDEO: Paraibanos resgatados do trabalho escravo relatam jornada exaustiva

A ação de fiscalização teve início em junho, a partir de uma ação de equipes da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, com apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Federal (PF).

Coordenador da operação, o auditor-fiscal Sérgio Carvalho explicou que os trabalhadores viviam com contratos precários de trabalho, na informalidade total e sem recebimento de trabalhos, numa situação que resultavam em diversos desrespeitos às leis trabalhistas. Ele informou ainda que as vítimas eram induzidas a um endividamento continuo e submetidos a longas jornadas de trabalho diário, sem descanso semanal.

Os trabalhadores estavam alojados em condições degradantes em um galpão que era utilizado como estacionamento. As instalações sanitárias eram precárias e não havia fornecimento de água potável. O local acabou sendo interditado pelos auditores em razão de risco grave à integridade física dos trabalhadores, com riscos por exemplo de choque elétrico.

Os 11 empregados resgatados receberam cerca de R$ 42 mil em salários atrasados e verbas rescisórias. O valor foi calculado pela Auditoria-Fiscal do Trabalho pelo tempo de serviço prestado ao empregador. A equipe também emitiu as guias de seguro-desemprego especial de trabalhador resgatado, pelas quais as vítimas têm direito a três parcelas de um salário mínimo cada.

"Parte dos trabalhadores já retornou para o município de origem. Todos serão encaminhados a órgãos de assistência social, para atendimento prioritário", afirma Sérgio Carvalho.

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Phelipe Caldas

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