CULTURA
Escritor e ator W. J. Solha vai ser o homenageado do Fest Aruanda 2021
“É a primeira vez que faço 80 anos e está cedo ainda pra dizer alguma coisa a respeito", comentou W. J. Solha.
Publicado em 27/08/2021 às 22:40
O escritor W. J. Solha vai ser o homenageado deste ano do Fest Aruanda, o principal festival de cinema da Paraíba e que neste ano chega a sua 16ª edição. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (27), destacando ainda que ele receberá um Troféu Aruanda pelo conjunto da obra e pela passagem de seus 80 anos em 2021.
Solha, que é também contista, roteirista, cordelista, produtor, dramaturgo, diretor, ator e artista plástico, comentou a homenagem de forma bem humorada, lembrando que é a primeira vez que completa 80 anos na vida.
“É a primeira vez que faço 80 anos e está cedo ainda pra dizer alguma coisa a respeito. Mas ao saber dessa homenagem do Fest Aruanda, pela data, começo a pensar que tudo valeu a pena”, comentou W. J. Solha.
O Fest Aruanda 2021 vai ser realizado de 9 a 15 de dezembro de forma híbrida, na rede Cinépolis, no Manaíra Shopping, e pela plataforma on-line Aruanda Play. As inscrições para os concorrentes seguem abertas até 20 de setembro.
Serviços prestados à arte
W. J. Solha é paulista, mas está radicado na Paraíba desde a década de 1960. Tem vários romances, alguns premiados nacionalmente, como "Israel Rêmora", "A Batalha de Oliveiros" e "Relato de Prócua", além de vários poemas longos, dos quais o último – "Vida Aberta" – foi finalista do Jabuti. Já "História Universal da Angústia", finalista em 2006, venceu o prêmio da União Brasileira de Escritores, do Rio, do mesmo ano.
Como ator teatral, foi Pilatos por três anos no "Auto de Deus", de Everaldo Pontes. E, no cinema, obteve o prêmio de melhor ator coadjuvante pelos trabalhos nos longas "Era uma vez eu", "Veronica", de Marcelo Gomes (Festival de Brasília de 2012), e em "O som ao redor", de Kleber Mendonça Filho (Festival de Porto Alegre 2013). E teve sua carreira marcada com o seu trabalho no curta "A Canga", de Marcus Vilar.
Sobre o fato de ter sido dirigido por Kleber Mendonça, reiterou a importância do filme, premiado e coroado pela crítica, além de outras experiências que precederam o longa-metragem pernambucano.
“Que grande experiência ter participado do elenco de “O Som ao Redor”, do Kleber Mendonça Filho. Como foi gostoso ter sido o dono do casarão do pai de Ariano Suassuna, no “Antoninha” de Laércio Filho. Como valeu a pena ter produzido – com José Bezerra Filho e o povo de Pombal – o primeiro longa paraibano de ficção, ‘O Salário da Morte’, do Linduarte Noronha, em que fiz o papel de matador de aluguel, quando, na vida real, acabara de escapar de um”, relatou.
Nos próximos dias, será lançado seu tratado poético-filosófico "1/6 de laranjas mecânicas, bananas de dinamite”, livro que sairá pela editora Arribaçã, de Cajazeiras.
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