Perdido, Campinense demite Ederson Araújo após dois jogos

Por Pedro Alves

O Campinense está perdido. Numa avaliação impaciente e, naturalmente, com conclusões pouco racionais, a diretoria da Raposa resolveu interromper o trabalho do técnico Ederson Araújo, após apenas dois jogos - e duas derrotas - sob o comando do time cartola.

Apesar do cenário, a tendência era que isso acontecesse com algum ou alguns dos clubes que disputam o Campeonato Paraibano. Justamente pelo tamanho da edição deste ano do estadual, que tem uma primeira fase Usain Bolt, veloz, de apenas sete jogos. Os tropeços terão pesos maiores do que já têm.

A questão é que foram ríspidos demais com Ederson, nessa avaliação. Primeiro, pelo montante de jogos. Duas partidas é muito pouco para qualquer avaliação do que é e do que pode ser um trabalho. Mesmo quando no cartel tem um vexame de 7 a 1 para o Bahia. Afinal, o Tricolor é de Série A. E era a primeira partida da Raposa no ano. Num torneio em que o clube tinha que vencer seu jogo para passar de fase. Ir para cima era uma opção paradoxalmente louca e verossímil.

A ilusão colocada em campo de tentar bater de frente com o Bahia foi inocente, mas merecia relativizações. O que acabou acontecendo. Foi dada a chance e um bom tempo de uma nova pré-temporada para Ederson.

Deram apenas mais um jogo para Ederson, e aí está o absurdo. Faltou relativizar também cenário da estreia da Raposa no Paraibano. O time encarou o São Paulo Crystal para jogar futebol num espaço anti-futebol. O gramado do Carneirão servia para muita coisa nesse domingo, menos para bater bola. Muito menos para avaliar o trabalho de Ederson, após a derrota. Ele merecia, pelo menos, o jogo contra o Nacional de Patos. Mas não teve.

O Campinense agora procura outro comandante. Espero que o prazo de validade não seja na ordem de um sal de frutas.