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ESPORTES

Botafogo-PB se impõe e passa com facilidade pelo Treze; Belo de Gusmão mostra evolução

Belo foi melhor no confronto do início ao fim no Almeidão

Publicado em 22/04/2021 às 14:32 | Atualizado em 18/04/2023 às 15:19

Por Pedro Alves

O Botafogo-PB teve uma atuação segura nessa quarta-feira, abrindo a 2ª rodada do Campeonato Paraibano, no Almeidão, diante do Treze. Como naquela vitória de ponta a ponta de um piloto ou pilota nas categorias de automobilismo, o carro do Belo andou mais rápido do início ao fim no Clássico Tradição. Foi a melhor equipe do confronto em todos os sentidos. E, no fim das contas, cabia mais. Mas foi econômico e venceu “apenas” por 2 a 0


				
					Botafogo-PB se impõe e passa com facilidade pelo Treze; Belo de Gusmão mostra evolução
Foto: Guilherme Drovas / Botafogo-PB.

O primeiro tempo não foi aquilo tudo. Mas já ali, o time de Gerson Gusmão foi superior. Além de ter a maior posse de bola, conseguiu criar mais e incomodar mais o bom goleiro trezeano Jeferson. O Treze só chegou bem uma vez, com uma finalização de João Leonardo que quase abre o placar. 

Mas foi o Belo quem abriu o marcador. Sempre passando pelos pés dele, Clayton, que demonstra ser um jogador acima, eu diria, de todo o campeonato. Em uma boa tabela com Marcos Aurélio, a zaga do Treze acabou afastando no momento final de Clayton definir. Mas afastou ela mal, e a pelota foi para Juninho, que finalizou forte de primeira e fez 1 a 0.

+ Assista aos melhores momentos de Botafogo-PB 2 x 0 Treze

Antes disso, a grande jogada do jogo havia sido de Clayton, que costurou a defesa trezeana e acertou o travessão. Mas no primeiro tempo, o camisa 7 estava numa sintonia à frente de todos os outros. De modo que o Botafogo-PB não fez uma exibição realmente boa. Mas, como já disse, ali mesmo já se impunha sobre o adversário. 

As conversas nos dois vestiários alvinegros só surtiram efeito para um deles. Na segunda etapa, a turma da estrela vermelha passou ajudar mais Clayton. Entraram perto da mesma frequência do jogador. O Treze se lançou mais, mas a mentalidade foi só mentalidade, não foi organização nem inspiração. 

O Galo, então cedeu ainda mais espaços ao time botafoguense, que, aí sim, soube bem melhor o que fazer com a redonda. O Botafogo-PB passou a ter volume. Fez um bom segundo tempo. Criou chances por dentro, pelas alas. Definiu algumas vezes e ficou bem perto de marcar o gol em algumas ocasiões. Mas só marcou mais um, com Marcos Aurélio, que por sinal não jogou bem. A boa atuação do time foi realizada apesar do camisa 10, por sinal. O meia, no entanto, mesmo mal, foi decisivo marcando um gol e participando do primeiro. Fatos que não se anulam. 


				
					Botafogo-PB se impõe e passa com facilidade pelo Treze; Belo de Gusmão mostra evolução

Com a bola, os melhores do Botafogo-PB foram Clayton e Pablo. O primeiro já foi analisado. O segundo dá uma tranquilidade maior ao time na saída de bola, coisa que estava faltando. Vale destacar também a partida do sistema defensivo. É cada vez mais claro que, defensivamente, a primeira linha não é um problema, tendo a dupla de zaga formada por Samuel e Willian Machado feito várias boas partidas até aqui no ano. No clássico dessa quarta, mais uma para a conta. 

Mas além disso, o sistema funcionou. Houve marcação pressão lá em cima, em muitos momentos, e houve muita pegada nas zonas laterais e central. Já são quatro partidas sem sofrer gols. Todas com Gerson Gusmão. Vale ressaltar, é claro, que os desafios de Gusmão foram menores do que o de Marcelo Vilar, em termos de tamanho de confrontos. Para ser justo com quem foi demitido. Mas Gusmão vai cumprindo com a obrigação bem até aqui. 

E o Treze?

O Treze vinha de um bom resultado contra o Atlético de Cajazeiras, onde venceu por 4 a 0, fazendo muito bem o dever que tinha mesmo que fazer. Mas a goleada, penso eu, falou mais do Trovão do que do Galo. Contra o Belo se esperava, pelo menos, mais competição, e não houve.

Nada funcionou. Ou melhor, apenas duas coisas funcionaram. O de sempre. Jeferson impediu que o placar fosse mais alongado, fazendo boas defesas, e João Leonardo, que quase não recebeu bola, nas poucas jogadas que teve acesso a ela, conseguiu quase marcar e ainda deu uma boa assistência para Sony Anderson perder um gol que não se perde em clássico. O camisa 9 mais uma vez foi bem na medida do possível, de alguém que precisa de um time funcionando para fazer seu papel.

Tirando isso, o Treze foi muito pobre. Fez um dos seus piores jogos da temporada. Emerson fez falta? Claro! Mas também não estamos falando de nenhum Marcelinho Paraíba no auge técnico de seus últimos anos de carreira. O Treze tinha o dever e a capacidade de oferecer mais no jogo, mesmo que fosse, no fim das contas, inferior ao adversário. 

Não teve jogo pelo meio, pelo lado, nem mesmo um sistema defensivo sólido, que pudesse formatar um jogo pobre com a bola, mas rico sem ela. Não houve nada. Marcelinho Paraíba agora vai ter mais jogos fáceis do que difíceis. Bom momento para o time evoluir para, na hora do vamos ver, voltar a aparecer de modo mais competitivo, ainda que não seja vistoso, o que é difícil mesmo com um elenco frágil que ele tem nas mãos.

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