Contos Olímpicos #4: Que comecem os Jogos!

Por Phelipe Caldas

Eu quero começar esta crônica olímpica de uma forma diferente.

Antes de falar de Japão, vamos falar de Paraíba mesmo. De algo que está bem próximo da gente.

Imagine, caro torcedor, você assistindo a um jogo do seu time do coração. No Almeidão, no Amigão, no Marizão, no José Cavalcanti, no Perpetão, onde quer que seja.

E assistindo mesmo de longe, como vem acontecendo nos últimos meses por causa da pandemia. Pela TV, pelo rádio, pela internet.

Pois ao longo da vida, você já deve ter ouvido muita gente falar que aquilo era ópio, alienação, perda de tempo.

Não caia nessa!

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+ Contos Olímpicos #1: O Começo de Tudo

O esporte é uma das mais potentes fontes identitárias de um povo. É quando as pessoas se sentem parte de uma coletividade, de algo maior, de uma comunidade imaginada.

Aliás, tem um pesquisador britânico que diz que a guerra e o esporte são os dois elementos que mais têm o poder de unir as pessoas através do pertencimento.

E vamos combinar... o esporte é algo muito mais fantástico, emocionante, bonito de se assistir.

A Olimpíada não é o fim de nossos problemas, de nossos medos, de nossas diferenças. Não representa o fim da pandemia.

Mas a vida não é apenas isso. A vida é também a festa. A superação dos limites. A busca pela glória esportiva. O arrepiar da pele. O grito tresloucado de “ouro” quando um conterrâneo conquista o imponderável. O choro ao escutar o hino nacional no alto do pódio.

É isso!

Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram oficialmente abertos hoje de manhã.

Uma cerimônia simples, sem grandiosidade, sóbria acima de tudo.

Foi uma forma sensível de nos lembrar o quão difícil ainda são os tempos em que vivemos. Mas, na mais antiga das tradições olímpicas, uma forma também de dizer que o esporte tem um poder incrível para o futuro da humanidade.

Que comecem os Jogos!