ESPORTES
Contos Olímpicos #10: Instantes olímpicos
Publicado em 31/07/2021 às 17:46 | Atualizado em 18/04/2023 às 15:13
Por Phelipe Caldas
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Eu ainda não sei bem se esta minha crônica é uma espécie de conselho aos mais jovens ou um convite aos mais velhos para fazer uma viagem olímpica.
Independente disso, a mensagem é a mesma.
Curta os Jogos Olímpicos.
E eu não estou falando sobre os Jogos em si. Mas, especificamente, sobre os instantes olímpicos. Mágicos, eternos, impressionantes.
Esses, meu amigo e minha amiga, serão para sempre. E vão embalar muitas de suas lembranças para a posteridade.
Voltemos no tempo, pois.
Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992.
O choro de Rogério Sampaio, no judô. Você sabia que ele dedicou a medalha de ouro ao irmão que tinha morrido pouco tempo atrás?
Mainha, que já não está mais entre nós, me deu um abraço apertado, emocionado, forte, inesquecível.
Nunca esquecerei daquele momento, sabe? Porque eu tenho saudade. E saudade é coisa que fica para sempre em nossa pele, em nossa lembrança, em nossa memória.
Queres outros momentos?
Atlanta, 1996. O ouro inédito de Jaqueline e Sandra.
Sidney, 2000. A prata incrível e sofrida de Zé Marco. A refugada histórica de Rodrigo Pessoa e Baloubet du Rouet. A prata no quatro por cem metros do revezamento do atletismo.
Vou insistir. Em 2004, o ouro de Ricardo. Em 2008, o ouro de Cielo.
Em 2012... bem, em 2012, aí as lembranças já não são tão simples. Final olímpica do futebol masculino. Hulk em campo. México campeão. Painho sofreu demais. Pediu desculpas por não termos vencido de cara. E, diante da tragédia, choroso, declarou:
“Meu filho, em 2016 tem mais”.
Não teve. Ele morreu antes disso.
Mas, vou insistir.
Curta os instantes olímpicos. Eles são para sempre.,
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