ESPORTES
Árbitros relatam falta de estrutura e MPPB pede que estádios não recebam jogos do Paraibano Sub-19
Relatos da arbitragem tem relação com a precariedade dos estádios que estão recebendo as partidas.
Publicado em 12/08/2021 às 17:14 | Atualizado em 18/04/2023 às 15:12
Por Entre Linhas
Situação comum em competições profissionais com a participação de times paraibanos, a falta de estrutura nos estádios da Paraíba começa a aparecer nos campeonatos de categorias de base. Após relatos feitos por árbitros da Federação Paraibana de Futebol (FPF), o procurador do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Valberto Lira, está pedindo para que a entidade não marque novas partidas para, pelo menos, três estádios: Toscanão (Lucena), Unipê (João Pessoa) e Tancredão (Solânea).
No documento endereçado à presidente da FPF, Michelle Ramalho, o procurador Valberto Lira cita especificamente três episódios, envolvendo jogos realizados nestes estádios, válidos pela 1ª e 2ª rodadas do Paraibano Sub-19.
No jogo entre Internacional-PB e São Paulo Crystal, realizado no dia 4 de agosto, os árbitros citaram na súmula que “a sala disponibilizada para a equipe de arbitragem foi a bilheteria do estádio, com iluminação apenas no banheiro e estava suja, sem a chave da porta (sem segurança)”.
Em João Pessoa, no campo do Unipê, a arbitragem relatou que após o jogo entre CSP e Auto Esporte “não foi disponibilizado vestiário. Posteriormente foi oferecido um banheiro para que a arbitragem trocasse de roupa”.
Já no terceiro caso, no jogo entre Femar e Queimadense, no Estádio Tancredão, a súmula traz a descrição de que “o vestiário dos árbitros não tinha iluminação, água potável, descarga, nem ventilação adequada para a equipe de arbitragem”.
Através do Núcleo de Desporto e Defesa do Torcedor (Nudetor) do Ministério Público da Paraíba, Valberto destacou que não é o fato da ausência de torcedores nos estádios, que os jogos podem ser realizados em quaisquer espaços. Segundo ele, é necessário que seja respeitado o trabalho desenvolvido nestas praças esportivas pelos árbitros, jogadores, membros das comissões técnicas e profissionais de imprensa.
Para ele, os estádios ou centros de treinamento precisam oferecer condições dignas para que estas categorias possam realizar as suas atividades profissionais.
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