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COTIDIANO

Câmara começa a discutir projeto de Efraim Filho que prorroga desoneração da folha até 2026

Publicado em 26/08/2021 às 10:31 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:03

Por ANGÉLICA NUNES e LAERTE CERQUEIRA


				
					Câmara começa a discutir projeto de Efraim Filho que prorroga desoneração da folha até 2026
Foto: divulgação.

A Câmara Federal começou a analisar ontem o projeto de lei, apresentado pelo deputado Efraim Filho (DEM), que estende a desoneração da folha de pagamento até o fim de 2026. O benefício permite às empresas substituir a contribuição previdenciária, de 20% sobre os salários dos empregados por uma alíquota sobre a receita bruta, que varia de 1% a 4,5%, e está previsto para acabar no fim de 2021.

Atualmente, 17 setores da economia podem aderir a esse modelo, entre eles: as indústrias têxtil, de calçados, máquinas e equipamentos e proteína animal, construção civil, comunicação e transporte rodoviário. Elas reúnem mais de 6 milhões de trabalhadores e são as que mais empregam no país.

“A desoneração da folha beneficia a sociedade. Não queiram confundir com um privilégio a determinado setor. Desoneração da folha é algo, inclusive, que tem que ser pensado a médio, longo prazo, como uma política ampla para todos. Vários setores produtivos dependem desse estímulo para poder continuar empregando e não demitir as pessoas”, disse Efraim Filho.

O projeto é relatado pelo deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), que argumentou que a desoneração é importante para a retomada do crescimento. “Foi por isso, inclusive, que ela foi prorrogada até o final deste ano, porque tínhamos a expectativa de votarmos uma reforma tributária que acabou não sendo votada. Este assunto tem que ser estrutural, não pode ser um assunto emergencial”, afirmou.

O relator do projeto disse que só vai apresentar seu parecer depois de uma reunião, na semana que vem, com o governo e representantes de todos os setores. A questão é que a matéria enfrentaria uma resistência da equipe econômica. Jerônimo Goergen, no entanto, já adiantou que será favorável à desoneração até 2026.

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Angélica Nunes

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