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CONVERSA POLÍTICA

Já vivemos a realidade da fila para internação, dificuldade de transporte de pacientes e déficit de médicos e outros profissionais de saúde

Publicado em 11/03/2021 às 11:25 | Atualizado em 30/08/2021 às 19:02

Por LAERTE CERQUEIRA


				
					Já vivemos a realidade da fila para internação, dificuldade de transporte de pacientes e déficit de médicos e outros profissionais de saúde
© Marcello Casal jr/Agência Brasil.

Os próximos dias serão fundamentais pra saber se o primeiro decreto restritivo, adotado no fim de fevereiro, está surtindo efeito nas cidades que estão na bandeira laranja há 15 dias, pelo menos 138. Agora, são 211. Isso se todas elas seguiram as regras de maneira rígida.

O receio de especialistas, consultados pelo Conversa Política, é porque a contaminação com as novas variantes do vírus tem revelado perfis diferentes de pacientes. Se internam mais rapidamente, com cinco, seis dias de sintomas, e demoram para deixar as UTIs. O que está "confundindo o meio de campo".

O resultado é a dificuldade de entender com a objetividade de antes, quando não havia novas linhagens virais, os efeitos das medidas de isolamento, mesmo tendo a certeza de que elas são fundamentais.

Lista de espera 

A preocupação agora é que com a pressão no sistema de saúde, sem fôlego, sem queda significativa nos números de ocupação, mesmo com aumento de leitos (mais de 95 de UTI e 55 de enfermarias, na Paraíba, nos últimos dias), problemas graves começam aparecer.

Na lista, fila para internação em leitos de UTI, mesmo com uma espera de algumas horas - o próprio governador João Azevêdo (Cidadania) já admitiu isso em entrevista esta semana. Hoje (11) de manhã, o secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros divulgou dados. Segundo ele:

Na 1ª Macro (Região Metropolitana), são 32 em fila de UTI, sendo 19 em UPAS (10 JPA) e os demais, em hospitais. 05 em fila de enfermaria, sendo 04 em Upas (3 JPA) e outra, no Laureano. Segundo ele, há vagas de enfermaria, mas há uma espera pela atualização de quadro para regulação. Na 3ª macroregião (Sertão): são 2 em fila de UTI.

Algumas autoridades do município de João Pessoa ainda resistem em reconhecer publicamente o problema para evitar a sensação de fragilidade na gestão.  Mas alguns entendem que é hora de avisar para que haja um efeito pedagógico. Porque todos os esforços estão sendo feitos.

Falta de profissionais 

Na lista de problemas tem ainda a dificuldade no transporte de pacientes por causa da sobrecarga nas Upas Covid-19, porta de entrada de muitos pacientes. E mais: o déficit de profissionais, principalmente médicos capacitados, para cuidar de leitos que estão sendo abertos rapidamente.

Há hospitais privados de João Pessoa, por exemplo, com um médico para 10 leitos. O sistema público está tentando manter 1 para cada 5. Não conseguem aumentar o quantitativo.

Querem contratar, mas há escassez. Estão tentando trazer de fora.  Uma realidade no Nordeste.

Bombas de infusão e a complexidade 

Também há relatos de poucas bombas de infusão, pois não se encontra no mercado grande quantidades. As bombas são dispositivos que entregam fluidos, como nutrientes e medicamentos, no corpo de um paciente em quantidades controladas.

É uma complexidade grande demais para um momento crítico. As decisões precisam ser tomadas rapidamente, mas tomar decisões rápidas num cenário muito complexo e com sistema prestes a colapsar não é simples.

Então, vamos ao clichê: se pode se distanciar, está tomando o melhor remédio do mercado. O único tratamento precoce eficaz.

Imagem ilustrativa da imagem Já vivemos a realidade da fila para internação, dificuldade de transporte de pacientes e déficit de médicos e outros profissionais de saúde

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

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