CONVERSA POLÍTICA
Ministério da Saúde aprova vacinação por ordem decrescente de idade
Publicado em 27/05/2021 às 23:11 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:56
Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES
As cidades que não apresentam ou têm pouca demanda para vacinação dos grupos com maior 'vulnerabilidade' poderão começar a vacinar por faixa etária. Ou seja, por ordem decrescente de idade. Nesse caso, recomeçando com aqueles que tem 59 anos ou menos.
É necessário, no entanto, segundo o Ministério da Saúde (MS), garantir um percentual para a continuidade da vacinação dos grupos prioritários incluídos no Programa Nacional de Imunização (PNI).
A decisão foi anunciada pelo MS, que ainda vai emitir nota técnica para detalhar a mudança na orientação de vacinação contra a Covid-19 para estados e municípios.
Semana passada, como registrou o Conversa Política, o prefeito da capital, Cícero Lucena (PP), defendeu a mudança e levou a proposta à reunião da Frente Nacional de Prefeitos. Muitos gestores defendem a mudança.
Justificativa
A coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), Francieli Fantinato, concordou com os gestores municipais. Ela reforçou que o país não pode estocar imunizantes no atual momento.
"Não dá para deixar a vacina estocada enquanto a gente precisa vacinar toda população”, disse.
Como toda a população com mais de 60 anos, em tese, já foi vacinada contra a covid-19 nos meses anteriores (ou convocada para se imunizar), pessoas a partir de 59 anos devem começar a receber a vacina em algumas cidades.
“De 59 a 50 anos também vem se verificando um aumento da mortalidade. Então, quanto mais velho maior é o risco de complicação e de óbito”, justificou Fantinato ao jornal Correio Brasiliense.
“Todas as profissões tem o seu mérito, o seu pleito, mas de fato a gente precisa construir o PNI sobre um lógica de imunização geral”, pontuou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.
Como ainda é
A orientação atual, que mudará após publicação de nova nota técnica do MS, é a de só após concluir a vacinação dos grupos de pessoas com comorbidades, com deficiência permanente, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade, trabalhadores da educação, os gestores poderiam iniciar a vacinação por ordem decrescente de idade, junto com o restante dos últimos grupos prioritários ( trabalhadores do transporte coletivo, caminhoneiros, trabalhadores industriais, funcionários da limpeza urbana).
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