CONVERSA POLÍTICA
Ao contrário de Bolsonaro, Mourão afirma que vai ter eleição em 2022 mesmo sem voto impresso
Publicado em 12/07/2021 às 14:51 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:55
Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRB), mais vez, se contrapôs a uma declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Agora, ele discordou da declaração do presidente que afirmou, semana passada, que só terá eleição ano que vem no Brasil se a proposta dele de impressão do voto for aprovada e implantada pelo TSE.
À CNN, Mourão disse que as eleições presidenciais serão realizadas no ano que vem mesmo que não seja aprovada a proposta do voto impresso auditável. Um projeto tramita na Câmara, mas 11 partidos grandes já se pronunciaram contra a mudança.
Na última sexta-feira (9), o presidente acusou, sem provas, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de participar de fraudes e disse que "corremos o risco de não termos eleições no ano que vem".
A declaração de Bolsonaro gerou reações tanto no Judiciário como no Legislativo. Em resposta ao presidente, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, garantiu também o pleito de 2022 e qualquer tentativa de impedir é um crime de responsabilidade. O presidente do Senado e partidos políticos emitiram nota.
Vice-presidente do Senado
Hoje, por meio de uma rede social, o vice-presidente do Senado, o paraibano Veneziano Vital (MDB) "felicitou" o vice-presidente pela afirmação, segundo ele, assumindo um compromisso com o país e com as eleições de 2022.
https://twitter.com/venezianovital/status/1414621068237623297
Ao destacar a fala de Mourão, Veneziano lembrou que, também na semana passada, criticou as Forças Armadas pela nota em que, segundo ele, desproporcionalmente, rebateu declarações do presidente da CPI da Covid no Senado, Senador Omar Aziz (PSD-AM). Omar, ao constatar integrantes das Forças Armadas envolvidos em denúncias relacionadas a erros ou superfaturamentos nas compras de vacinas no Brasil, citou o que seria uma “lado podre” das Forças Armadas.
Sistema semipresidencialista
Mourão disse ainda que por enquanto não tem opinião formada sobre a adoção, a partir de 2026, de um sistema semipresidencialista no Brasil. "Ainda não me debrucei sobre o assunto. Portanto, não tenho opinião formada", disse.
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