MP apura denúncia e médicos vão discutir problemas da FAP em Campina Grande

Médicos irão se reunir hoje no Conselho Regional de Medicina com vários órgãos para discutir o problema

A promotoria da Saúde de Campina Grande instaurou uma 'notícia de fato' para apurar a denúncia apresentada por médicos que prestam serviço ao Hospital da FAP, de que códigos de Autorizações para Internações Hospitalares (AIH’s) estariam sendo alterados pelo setor de auditoria da Secretaria Municipal de Saúde do município. Nesta quinta-feira (04), os profissionais vão se reunir para discutir o assunto na sede do Conselho Regional de Medicina (CRM).

O encontro está marcado para 14h e deverá ter a presença de representantes do Ministério Público estadual e federal, além da Auditoria da prefeitura e da Secretaria Municipal de Saúde. Os médicos contabilizam pelo menos 122 AIH's que teriam sido alteradas, sem a prévia comunicação aos profissionais.

Doze cirurgiões que atuam na FAP estão com as atividades paralisadas, por conta do problema. Eles são responsáveis por cirurgias oncológicas em diversas especialidades. Apenas casos de urgência estão sendo realizados.

O caso

De acordo com um documento elaborado pelos médicos, em um dos casos um procedimento que deveria custar R$ 1.075 foi pago por R$ 56, causando prejuízos para os profissionais médicos e ao Hospital da FAP. Os códigos das AIH's estariam sendo alterados sem a prévia comunicação aos profissionais responsáveis pelas cirurgias.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande disse que "o processo de auditoria das AIHs da FAP, assim como de todos os serviços da rede complementar, é feito com total responsabilidade e lisura”. A Secretaria “vai solicitar também a presença de um auditor do DENASUS – Departamento Nacional de Auditoria do SUS para que seja feita uma auditoria conjunta em todas as AIHs que os médicos apresentarem qualquer tipo inconsistência”.