PLENO PODER
Audiências na Justiça, 23 indiciados e os rumos da 'Operação Famintos'
Publicado em 28/10/2019 às 17:29 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:25
Semana foi marcada por audiências na 4ª Vara da Justiça Federal. Investigação tem 16 denunciados
A última semana foi movimentada na 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande. Testemunhas de defesa, acusação e réus investigados na Operação Famintos, que investiga fraudes em licitações e em contratos da merenda escolar, participaram de audiências na fase de instrução do processo. Dezesseis investigados do núcleo empresarial já denunciados apresentaram suas versões em juízo. No total, pelo menos 23 pessoas já foram indiciadas no âmbito da investigação.
O mês de outubro (até aqui) não teve ações ostensivas da Operação - como vinha acontecendo desde o mês de julho, quando as três primeiras fases da operação foram desencadeadas sempre após o dia 20 de cada mês (24 de julho/22 de agosto/26 de setembro). Isso não significa, porém, que a investigação tenha sido finalizada. Aliás, por tudo o que foi divulgado até agora, essa é uma possibilidade praticamente descartada.
Semelhante aos pontos cardeais, a 'Famintos' já revelou elementos que podem levá-la a pelo menos quatro direções. A primeira delas é a descoberta de como as empresas e até pessoas fictícias foram confeccionadas. Quem colaborou para a criação das empresárias fictícias Delmira Feliciano e Darliane Feliciano? E em quais órgãos públicos?
A próxima fase pode mirar, também, outras secretarias de Campina Grande. Não seria estranho se isso acontecesse, já que desde a primeira fase os investigadores revelaram que os empreendimentos tinham contratos em outros setores da gestão municipal. Uma terceira possibilidade pode ter como alvo contratos firmados entre as empresas e gestões estaduais. A própria Delmira Feliciano, uma das empresas investigadas nas supostas fraudes, forneceu alimentos a órgãos do Governo do Estado.
Mas a 4ª fase pode revelar fraudes em outras cidades paraibanas. E o motivo é simples. As empresas investigadas mantiveram por anos contratos milionários com dezenas de prefeituras paraibanas. A 'estadualização' da operação não seria nenhuma surpresa. Por enquanto, as direções são apenas possibilidades. Em breve, pelo menos uma delas, deverá se transformar em realidade. Façam suas apostas.
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