PLENO PODER
Veneziano é contra retirada de Ricardo da Fundação do PSB antes de definição da Calvário na Justiça
Publicado em 21/02/2020 às 12:13 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:40
Senador diz que não se deve antecipar julgamento. Ex-governador é acusado pelo MP de ser chefe do grupo investigado na Calvário
O senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB) foi cauteloso ao falar sobre a situação do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) na presidência da Fundação João Mangabeira, do PSB. Para ele, o tema é "delicado" e deve ser tratado pela executiva nacional da legenda. O ex-governador é apontado pelo Ministério Público como o chefe de uma organização criminosa, investigada na Operação Calvário, que teria desviado recursos da saúde e da educação do Estado.
"Eu não posso de antemão, não vejo como uma pessoa ser questionada e ter em definitivo, ou até que se tenha em definitivo uma sentença condenatória, de dizer que você não possa. É um assunto muito delicado, ninguém está escondendo. Agora se amanhã os que supostamente praticaram desvios em suas condutas forem absolvidos? O prejuízo sobre a sua imagem e o prejuízo político por ter sido tirado", observou o senador, durante entrevista à Rádio CBN.
"A minha formação não permite antecipar-me e sentenciar sem que haja juízo condenatório que seja concluído e com trânsito em julgado. A decisão sob a ótica do PSB em nível nacional, da sua executiva no tocante à permanência ou não à frente da presidência da Fundação é uma decisão que a executiva haverá de tratar", comentou.
O mesmo entendimento vale para o ex-senador Ney Suassuna, suplente de Veneziano no Senado e que também foi denunciado no âmbito da Operação Calvário. A cautela de Veneziano tem por base casos recentes, inclusive aqui no Estado (como o ex-senador Cícero Lucena) em que investigados são inocentados pela Justiça ao final dos processos. É, também, a defesa do princípio da presunção da inocência.
Comentários