COTIDIANO
Investigado na operação Cifrão, Buega diz que não houve desvio de recursos públicos
Publicado em 02/07/2020 às 19:21 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:35
Dirigente diz que obras não foram superfaturadas e foram realizadas com recursos da indústria
O presidente da Federação das Indústrias da Paraíba (FIEP-PB), Buega Gadelha, negou que tenha havido desvio de recursos públicos através do 'Sistema S' na Paraíba. Em entrevista coletiva, no fim da tarde de hoje, ele disse que as obras investigadas pela Polícia Federal, MPF e pela Controladoria Geral do União (CGU), na Operação Cifrão, não foram executadas com recursos públicos, mas sim com contribuições da indústria paraibana.
Buega também afirmou que não houve superfaturamento na execução dos contratos, nem a utilização de empresas de fachada.
Conforme o presidente da entidade, o caução exigido para que os empreendimentos pudessem concorrer nas licitações realizadas foi permitido pelo Tribunal de Contas da União. "Aconteceu umas duas ou três vezes que a empresa não cumpria e sumia. Não terminava a obra. Fui ao TCU perguntar e foi dito que não só pode como deve", afirmou Buega.
De acordo com uma auditoria da CGU, o ‘adiantamento’ variava num percentual entre 5% e 10% do valor do contrato. Para os investigadores, a prática teria diminuído as chances de empresas menores participarem dos certames.
Três contratos estão sendo investigados: um de R$ 1,4 milhão, no qual teria havido um superfaturamento de R$ 291 mil, conforme a CGU; um outro de R$ 2,8 milhões, com superfaturamento estimado em R$ 1,2 milhão pelos investigadores; e um terceiro, de 3,7 milhões, no qual a CGU acredita ter encontrado indícios de superfaturamento de R$ 490 mil.
Na operação foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campina Grande, João Pessoa e Queimadas. Um deles teve como alvo o presidente Buega Gadelha.
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