COTIDIANO
Prefeito investigado pelo Gaeco vai assumir novo mandato, mas continuará afastado da prefeitura
Prefeito foi afastado do cargo em agosto, durante Operação do Gaeco. Prazo de 180 dias terminará apenas em fevereiro
Publicado em 18/12/2020 às 11:33 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:45
Uma decisão do desembargador Arnóbio Alves Teodósio, do Tribunal de Justiça da Paraíba, manteve o afastamento do prefeito reeleito do município de Camalaú, Alecsandro Bezerra dos Santos (PSDB - Sandro Môco). Com isso, o gestor assumirá um novo mandato em janeiro, mas deverá continuar longe da prefeitura até que termine o prazo de 180 dias.
O afastamento ocorreu em agosto deste ano, quando foi deflagrada a Operação Rent a Car.
"Caso a reeleição revogasse o afastamento do agente político, nenhum efeito teria a medida cautelar deferida pelo Poder Judiciário, que se encontra limitada ao prazo de 180 dias", assinala o desembargador. Da decisão cabe recurso.
A investigação do GAECO
A investigação apura a emissão de documentos falsos e a locação fraudulenta de veículos que seriam do prefeito, mas registrados em nome de “laranjas”. O GAECO apura um prejuízo ao erário num valor superior a R$ 314 mil.
Uma caminhonete teria sido adquirida junto a uma concessionária de Caruaru em março de 2017, segundo o MP, pelo valor de R$ 165 mil. Parte desse montante, R$ 110 mil, paga por meio de transferência bancária da conta titularizada pelo próprio prefeito Alecsandro Bezerra – ainda de acordo com o MP.
Em contrapartida, o município de Camalaú já pagou pelo menos R$ 140 mil pelos contratos de locação do veículo, colocado à disposição do gabinete do prefeito.
Já um caminhão Mercedes Benz teria sido comprado por R$ 24 mil e depois alugado à prefeitura. O município já teria pago mais de R$ 166 mil por três anos de locação.
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