PLENO PODER
Bispo proíbe missas em posse de prefeitos na região de Patos e diz que políticos não terão 'cadeira destacada' na igreja
Religioso defendeu que políticos precisam confessar pecados praticados na campanha e devem participar das celebrações como os demais membros da igreja
Publicado em 22/12/2020 às 15:56 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:44
Conhecido por defender o distanciamento das atividades religiosas da política partidária, o bispo da Diocese de Patos, Dom Eraldo Bispo, adotou essa semana mais uma medida polêmica. Ele determinou que não haverá celebração de missas para posses de prefeitos de cidades sob a abrangência da Diocese. A medida deverá ser seguida por todas as paróquias localizadas na região de Patos.
"Não existe missa para posse de prefeitos. Isso foi uma invenção de um certo tempo, feitas nas igrejas", observou o religioso.
Ele, contudo, foi mais além e, de forma corajosa, tocou em uma 'ferida' que muitas vezes passa despercebida.
"Na Diocese de Patos, pode vir para missa, rezar. Se for católico venha para missa. Venha para confissão antes. Porque na campanha pecou muito, xingou, difamou, comprou votos, foi corrupto! Tem que se confessar para comungar na missa normal, como qualquer outro católico. Não tem nem cadeira destacada na frente. Na Diocese de Patos, enquanto estiver aqui, não haverá cadeira destacada na frente para políticos", alertou Dom Eraldo, durante uma celebração.
A postura de Dom Eraldo é digna de elogios. O agente político, eleito pelo povo para servir à coletividade, não deve ter 'cadeira cativa' em igrejas. Ele é igual aos demais membros. Inclusive, como bem lembrou Dom Eraldo, nos 'pecados' praticados em época de eleição.
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