PLENO PODER
Classe política precisa assumir 'mea-culpa' pelo agravamento da pandemia na Paraíba
Durante a campanha prefeitos, deputados, vereadores e outros agentes públicos fecharam os olhos para a pandemia e deram péssimos exemplos
Publicado em 22/02/2021 às 10:36 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:26
Não todos, mas boa parte da classe política paraibana precisa assumir a sua 'mea-culpa' pelo agravamento da pandemia no Estado. Ontem vi nas redes sociais vários agentes políticos apelando para que a população colabore com o combate à doença, mas alguns desses estavam, nas ruas - meses atrás - em aglomerações e passeatas informais durante a campanha eleitoral.
Naquela época, inclusive, já havia o 'Plano Novo Normal' do Governo do Estado e todos os critérios estabelecidos em bandeiras para os municípios.
Mas, na campanha, ninguém preocupou-se em exigir que o plano e as medidas fossem cumpridas.
Passado o período eleitoral, vieram as festividades carnavalescas. E é necessário reconhecer: o poder de polícia do Estado e de prefeituras falhou ao não coibir, como deveria, as aglomerações em praias e ruas.
Agora, após a constatação de que o 'relaxamento' desses critérios fez a população quase esquecer que estamos em pandemia, os poderes públicos estudam restringir atividades econômicas e querem o engajamento das pessoas.
O quadro é preocupante e requer medidas enérgicas, é verdade. Dos 223 municípios, 138 estão enquadrados na bandeira laranja. Algumas regiões estão diante de um risco iminente de colapso de leitos públicos e particulares.
Mas, além disso, alguns gestores e políticos deveriam assumir que contribuíram para esse cenário.
Às vezes diretamente, como no caso da campanha eleitoral; em outras situações, fechando os olhos para o problema.
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