COTIDIANO
No livro de Elio Gaspari, há uma imprecisão sobre Chico e censura
Publicado em 17/06/2016 às 8:13 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:49
![No livro de Elio Gaspari, há uma imprecisão sobre Chico e censura](https://cdn.jornaldaparaiba.com.br/wp-content/uploads/2016/06/500x300/Chico-Buarque-Doc-3-300x185-7.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.jornaldaparaiba.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F06%2FChico-Buarque-Doc-3-300x185.jpg%3Fxid%3D667047&xid=667047)
“Severamente perseguido pela censura, Chico Buarque de Hollanda foi para a Itália em 1969, onde viveu por mais de um ano. Para driblar a censura, compunha com o nome de Julinho da Adelaide”.
O texto está no epílogo de “A Ditadura Acabada”, de Elio Gaspari. O quinto e último volume da obra mais completa sobre a ditadura militar brasileira acaba de chegar às livrarias.
Do jeito que está construído, o texto sugere que Chico (na foto, durante as filmagens de "Artista Brasileiro") usou com mais frequência o nome de Julinho Adelaide. Mas não é fato. Julinho aparece como autor apenas de “Acorda, Amor” e “Jorge Maravilha”.
“Acorda, Amor” foi incluída no disco “Sinal Fechado”, de 1974. “Jorge Maravilha” foi gravada para o mesmo LP, mas ficou de fora.
Na verdade, o que o compositor usou para driblar a censura foram as muitas armas da palavra escrita, que domina como poucos.
A imprecisão não macula o admirável trabalho de Elio Gaspari.
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