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VIDA URBANA

Igrejas instalam câmeras de segurança e vigilância eletrônica

Igreja Batista contratou uma empresa de segurança e, agora, a vai construir uma guarita na parte frontal do templo religioso.

Publicado em 07/12/2014 às 6:10

As igrejas católicas não são as únicas a serem reféns da insegurança. De acordo com o pastor Estevam, da Primeira Igreja Batista de João Pessoa, a saída dos cultos sempre foram um alvo da ação de bandidos, que chegaram a sequestrar um dos fiéis há cerca de seis meses. Essa pessoa, hoje, passa por tratamentos psicológicos, conforme o pastor.

Segundo ele, para afugentar os bandidos, ele foi obrigado a tomar providências. Dentre elas está a contratação de uma empresa de segurança e, agora, a construção de uma guarita na parte frontal do templo religioso. “Em fatos reais: todos os domingos tem assalto em frente ao templo. Essa é uma realidade triste, mas que nos obrigou a tomar providências, como a contratação de uma empresa de segurança. Depois que fizemos isso, diminuiu em cerca de 90% o número de assaltos”, comentou, destacando que, mesmo com o reforço da segurança, os casos continuam a acontecer.

Conforme o pastor, muita gente deixou de ir ao culto da noite por conta dessa onda de insegurança, algo que foi notável, visto que, antes, esse era o culto mais frequentado. “Infelizmente, esse é um mal que a sociedade enfrenta hoje. Eu, hoje, nem penso em retirar a segurança. Pelo contrário, penso em colocar mais”, declarou.

O pároco da igreja de São Pedro e São Paulo, monsenhor Ivônio, também declarou que pensar em tirar a segurança não é algo nem cogitado por ele. Essa medida foi tomada devido à grande incidência de assaltos – anteriormente relatada por fiéis também nessa reportagem. Segundo ele, além dessa medida, também para evitar assaltos ao templo ele decidiu instalar alarmes e cerca elétrica.

“Esse é um bairro um pouco esquisito e isso estava assustando os fiéis, principalmente depois do caso de uma senhora que foi baleada aqui em frente. Contratamos a segurança para podermos assistir às missas com mais liberdade. Aqui é muito inseguro, mas agora, com essa medida, tem melhorado”, afirmou.

Além dessa igreja, outro templo católico que instalou câmeras de segurança, alarmes, sensores que acionam o padre remotamente e tem até um cachorro para realizar a segurança é a Reitoria de Nossa Senhora Mãe dos Homens, que fica no bairro de Tambiá. Lá, uma câmera de segurança flagrou, há pouco mais de um mês, um arrombamento. Um assaltante levou um aparelho de televisão e um micro-ondas. Conforme o reitor do santuário, padre Marcelo Arruda, criminosos chegaram a levar lâmpadas da parte exterior da igreja.

“Nós percebemos que são pequenos furtos realizados por pessoas que querem usar drogas. São muitas vezes pessoas que conhecemos, que guardam carros. Mas eu não vou levar um pobre a uma delegacia por roubar um micro-ondas. A questão não é essa, mas sim o fato do cidadão estar indefeso em todos os aspectos. O que eu posso fazer, eu faço: peço para que meus paroquianos não levarem bolsas nem nada de valor”, disse.

Os horários das missas da Reitoria são sempre cedo, o que faz com que as principais ocorrências sejam contra o próprio templo. O padre Marcelo apontou que os poderes públicos não se importam com o papel social exercido pela igreja. “A igreja tem a função de restaurar pessoas, e pessoas saudáveis formam um Estado saudável. Mas não se pensa nisso. O Estado, que é ateu, acha que a igreja é um local de alienação”, opinou. “Não compete a um padre cobrar a um governante. Nós fazemos o que podemos e esperamos que o Estado possa um dia fazer a sua parte”, completou.

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Jornal da Paraíba

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