COTIDIANO
Roberto Carlos tem um paraibano em sua corte! Vocês sabiam?
Publicado em 14/12/2016 às 6:11 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:49
Jô Soares entrevistou Roberto Carlos sexta-feira passada.
No meio da conversa, ele comentou a presença de alguém na plateia.
Era Genival Barros, da equipe do Rei. E soltou o apelido do cara:
Quém Quém!
Foi Jô que passou a chamá-lo assim. Desde os tempos da velha TV Record.
Conheci Genival Barros no final do ano 2000. O show de Roberto Carlos em João Pessoa fora remarcado duas vezes, e ele veio na frente dizer ao público que ficasse tranquilo. A apresentação estava confirmada.
Em poucos minutos de conversa, descobri quem era: um campinense que trocara sua cidade por São Paulo no início dos anos 1960 e que, na segunda metade daquela década, passara a trabalhar com Roberto Carlos. Era um paraibano na corte do Rei.
Genival sempre vem na frente. Checa cada detalhe: o palco, a plateia, o espaço onde será montado o camarim do artista.O Rei é um perfeccionista, e as casas de shows têm que estar prontas para recebê-lo.
Desde que o conheci, tenho o hábito de procurá-lo no dia do show de Roberto Carlos. Genival e suas histórias. Do tempo em que trabalhou como controlista da Rádio Caturité, em Campina Grande. Da grande aventura que foi a sua ida para São Paulo, em 1961. Das passagens pelas rádios Bandeirantes, Excelsior e Record. Da chegada à TV Record.
Genival estava no lugar certo, na hora certa. Testemunhou um momento de grande efervescência na música popular do Brasil – os festivais, a Jovem Guarda, o Fino da Bossa – e atuou como técnico de som da emissora de televisão que reunia em seus programas os melhores artistas da geração que se revelou a partir de meados da década de 1960.
Foi na Record que conheceu Roberto Carlos. E foi lá que recebeu o convite para trabalhar com ele. O garoto que saíra de Campina Grande só com a passagem de ida, sem saber o que faria em São Paulo, entrava para a corte do Rei. Está lá há quase 50 anos. E fala com orgulho do artista de quem todos nós também nos orgulhamos muito.
Em outubro de 2007, na noite do show de Roberto Carlos em João Pessoa, Genival Barros me deu um presente. No backstage, colocou uma pulseira no meu braço e disse que a minha vez havia chegado.
Em seguida, me conduziu ao camarim do Rei.
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