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COTIDIANO

A emoção de ver Ennio Morricone ao vivo! Quem viu, conta como foi

Publicado em 07/02/2017 às 6:42 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:46

Hoje, o texto não é meu. É do companheiro de redação Phelipe Caldas. Nesta segunda-feira (06), ele viu ao vivo o concerto de Ennio Morricone na Cracóvia e, com sua sensibilidade, nos conta como foi.


				
					A emoção de ver Ennio Morricone ao vivo! Quem viu, conta como foi

ENNIO MORRICONE CONTINUA JOVEM

*Por Phelipe Caldas

Estou na Cracóvia, Polônia.

De férias.

Ao lado da minha esposa conhecendo o impactante Leste Europeu.

Nesta segunda-feira, fomos a um concerto de Ennio Morricone, o maestro italiano que há 60 anos embala os corações de todos aqueles que gostam de cinema e/ou de música clássica.

É este momento sublime que me faz invadir o espaço do colega Sílvio Osias.

Precisava contar esta minha experiência.

E pedi autorização ao titular do blog para fazer isto por aqui.

Antes de mais nada, duas coisas precisam ser ditas.

A primeira, é que sou fã de Ennio desde a infância. A segunda, é que não sabia do concerto quando defini o roteiro da viagem que me fez estar na Cracóvia justo em 6 de fevereiro de 2017 – um dia para sempre inesquecível.

Sou uma pessoa cética.

Mas por um momento penso que o além conspirou para que eu vivesse esta experiência.

Comprei os ingressos pela internet ainda no Brasil e comecei a contar os dias para o grande dia.

Devo confessar.

No meu íntimo, eu pensava: é a última chance que tenho de vê-lo em vida. Daqui a pouco ele morre e é para nunca mais.

Temos que ser conscientes, afinal. Ennio está com 88 anos, fazendo shows esporádicos (uma média de três ou quatro por mês) e comemorando seis décadas de carreira.

- Aguenta aí, querido! – eu quase era capaz de gritar.

Mas... o que vi foi algo bem diferente.

Foi um maestro vigoroso e firme. Que segue produzindo uma música com condições de suspender coração e respiração ao mesmo tempo.

Na verdade, o único detalhe que denunciava a idade de Morricone era que, diferente de outrora, ele regia a orquestra sinfônica – neste caso a da República Tcheca, levada à Polônia especialmente para a apresentação – sentado.

Ainda assim, fazia questão de se levantar e reverenciar a plateia sempre que era aplaudido – e como foi reverenciado o homem.

No mais, o mesmo vigor. A mesma música. A mesma execução.

Uma “festa” e tanto.

Pouco mais de duzentas pessoas no palco, entre Ennio, soprano, instrumentistas e coro.

Numa performance que nos levou a uma incrível viagem sobre o cinema.

Com três ápices, ao meu ver.

A sempre incrível apresentação de Cinema Paradiso. E as impactantes O Êxtase do Ouro e Era Uma Vez no Oeste.

Ennio, amigo. Não importa quantos anos você tenha. Você vai ser jovem para sempre.

Imagem

Silvio Osias

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