SILVIO OSIAS
Maysa, tristezas e desamores
Publicado em 06/06/2017 às 15:22 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:44
Ne Me Quitte Pas, de Jacques Brel, é uma das mais belas canções do mundo. Tem dezenas de registros em vários idiomas.
A gravação de Maysa é prova inconteste de que a brasileira é uma intérprete extraordinária, que seria reconhecida como grande cantora em qualquer lugar do mundo.
Os olhos? A boca? Os cabelos? Quem é essa mulher?
Alguém tenta desvendá-la a partir dessas perguntas num texto que li.
Sim! Os olhos! A boca! Os cabelos! Certamente! Mas, sobretudo, a voz!
A voz e o que ela traduz: as tristezas, a angústia, os desamores.
Maysa é de uma linhagem à qual pertencem Billie Holiday, Edith Piaf, Janis Joplin, Elis Regina, Amy Winehouse. Cada uma no seu lugar, no seu tempo e com seus talentos específicos.
Sua carreira, a rigor, não deu certo. Sua vida não deu certo. Maysa foi consumida pela solidão e pelo álcool. Quando morreu, aos 40 anos, tinha uma trajetória de duas décadas e estava em declínio.
Faria aniversário nesta terça-feira (06). Seu canto está acima do bem e do mal!
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