SILVIO OSIAS
Nunca houve um Batman como Adam West!
Publicado em 12/06/2017 às 4:43 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:44
Vi o Batman dos anos 1960 na época.
Éramos garotos e levávamos a sério as aventuras da dupla dinâmica. O humor, a coisa pop da série, o intencional caráter kitsch, só percebemos muito depois.
Adorávamos a transformação de Batman e Robin, o bat móvel e a saída da bat caverna, escondida naquele lugar insuspeito.
Torcíamos pelos mocinhos, mas, no fundo, desejávamos que Batman "pegasse" a Mulher Gato!
E tinha a ainda hoje irresistível música-tema composta por Neal Heft, mais tarde recriada por Prince para o Batman de Tim Burton.
No Brasil, vimos em preto e branco. A televisão brasileira ainda não era em cores.
Quando os personagens chegaram ao cinema, tivemos o impacto da cor.
O filme revelava que, ali, ela era elemento essencial.
Fui à estreia, no Cine Plaza, e revi pelo menos umas três vezes. A derradeira, no último dia da década de 1960, numa sessão noturna do Cine Bela Vista. Posso, então, dizer que encerrei os anos 60 vendo Batman.
Na TV, nunca mais vi.
O filme, revi mais de 30 anos depois, no advento do DVD. Reapresentou imagens (o morcego projetado no céu de Gotham City!) que estavam guardadas na minha memória afetiva.
Mas - confesso - achei tudo anacrônico. Gostei só como evocação de uma época.
Agora, morreu Adam West, o protagonista da série. Tinha 88 anos. Envelheceu sendo lembrado pelo personagem. Ficou de tal modo preso a ele que não conseguiu fazer sucesso fora das histórias de Batman. Como o Tarzan de Johnny Weissmuller.
Mas foi o melhor. Digo mesmo sem ser fã.
Adaptada, a velha frase serve para ele:
Nunca houve um Batman como Adam West!
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