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COTIDIANO

Caetano nu com a sua poesia

Publicado em 02/08/2017 às 6:08 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:44

Caetano Veloso faz 75 anos na próxima segunda-feira (07).

Vem na estrada há mais de 50.

É um (grande) artista brasileiro!

Na canção popular, o Brasil é um país de letristas extraordinários. No nível dos melhores do mundo. Caetano é um deles.

Hoje, vou me debruçar um pouco sobre os seus versos. Mexendo na memória e postando alguns que me são caríssimos.


				
					Caetano nu com a sua poesia

Eu organizo o movimento

Eu oriento o carnaval

Eu inauguro o monumento no planalto central

Do país

Minha paixão há de brilhar na noite

No céu de uma cidade do interior

Como um objeto não identificado

Eu, você, depois

Quarta-feira de cinzas no país

E as notas dissonantes se integraram

Ao som dos imbecis

Tudo o que eu quero é um acorde perfeito maior

Com todo mundo podendo brilhar num cântico

Canto somente o que não pode mais se calar

Noutras palavras, sou muito romântico

Vejo uma trilha clara pro meu Brasil, apesar da dor

Vertigem visionária que não carece de seguidor

Nu com a minha música, afora isso somente amor

Vislumbro certas coisas de onde estou

O samba é pai do prazer

O samba é filho da dor

O grande poder transformador

Gente é pra brilhar

Não pra morrer de fome

Você é linda

E sabe viver

Você é linda, sim

Essa canção é só pra dizer

E diz

E aquilo que nesse momento se revelará aos povos

Surpreenderá a todos não por ser exótico

Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto

Quando terá sido o óbvio

O Brasil tem ouvido musical

Que não é normal

Será que nunca faremos senão confirmar

A incompetência da América católica

Que sempre precisará de ridículos tiranos?

Aqui tudo parece que é ainda construção é já é ruína

Tudo é menino e menina no olho da rua

O asfalto, a ponte, o viaduto ganindo pra lua

Nada continua

A mais triste nação

Na época mais podre

Compõe-se de possíveis

Grupos de linchadores

Americanos não são americanos

São os velhos homens humanos

Chegando, passando, atravessando

São tipicamente americanos

Terra, Terra

Por mais distante o errante navegante

Quem jamais te esqueceria?

E deixa os Portugais morrerem à míngua

Minha pátria é minha língua

Fala Mangueira! Fala!

Mas eu também sei ser careta

De perto ninguém é normal

Às vezes segue em linha reta

A vida que é meu bem, meu mal

Imagem

Silvio Osias

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